O Plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda foi palco nesta quinta-feira (17) de um evento cultural em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, promovido pelo Cravi (Centro de Referência e Apoio à Vítima). 
        A solenidade contou com a presença do juiz diretor do Fórum Criminal da Barra Funda e corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária da Capital (Dipo), Alex Tadeu Monteiro Zilenovski; da secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Souza Arruda; da defensora pública do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, Amanda Polastro Schaefer, representando a defensora pública-geral do Estado de São Paulo, Daniela Sollberger Cembranelli; juíza do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Rafaela Caldeira Gonçalves; da promotora do Núcleo de Combate a Violência Doméstica e Familiar, Valeria Diez Scarance Fernandes; do advogado Shigueo Kuwahara, do Cravi; entre outras autoridades.
        Na abertura do evento, o juiz Alex Zilenovski saudou a plateia, formada basicamente por mulheres vítimas diretas e indiretas de violência doméstica, e comentou a instalação vindoura de sete Varas do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em São Paulo, “em resposta aos reclamos da sociedade, acompanhando o movimento de prestação jurisdicional e resguardo aos direitos da mulher”. O magistrado registrou também a felicidade de basear uma unidade do Cravi no Fórum da Barra Funda, do qual é diretor, ressaltando a importância de se discutir a violência de gênero no Brasil.
        A defensora pública Amanda Polastro Schaefer destacou a eficácia do Juizado Especial de Violência Doméstica no combate à violência contra as mulheres, bem como a atenção que as autoridades públicas têm dado ao problema. “Essa é uma questão bastante delicada, mas que vem recebendo um olhar diferenciado dos órgãos públicos. A Defensoria Pública, que tem trabalhado junto ao Cravi, não mede esforços para combater a violência doméstica por meio da atuação do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher”, frisou.
        Representando o Ministério Público, a promotora de Justiça Valéria Scarance falou sobre o papel da entidade nos dias atuais. “O promotor hoje não é mais somente um acusador que denuncia crimes. Sua finalidade agora é transformar a vida das pessoas e quebrar o ciclo de violência doméstica e sexual contra a mulher. A maior dificuldade nos dias atuais é a conscientização feminina no que se refere à denúncia dos casos de agressão. Nós devemos levar um recado à sociedade de que nós podemos mudar a nossa história.”
        A secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Souza Arruda, encerrou a parte inicial da solenidade parabenizando a iniciativa do juiz diretor do fórum, que abriu as portas para a realização de um evento que extrapola as atividades jurisdicionais, as quais passaram a apresentar um viés mais social. “O Centro de Referência e Apoio à Vítima tem apenas 12 anos e duas unidades instaladas, mas hoje nós temos esse espaço. Devemos, então, comemorar o que já existe e, ao mesmo tempo, nos comprometer a ampliar o que já existe”, finalizou Eloisa Arruda.
        Como parte da programação, a Companhia de Teatro Kiwi, representada por sete integrantes, apresentou o espetáculo “Carne – Patriarcado e Capitalismo”, com uma hora e quinze minutos de duração. O evento foi encerrado por um debate do elenco da peça com a plateia sobre a opressão de gênero e a violência contra a mulher no Brasil.

        Assessoria de Imprensa TJSP – AS (texto) / AC (fotos)