InspirAÇÕES: Amor à profissão ultrapassa fronteiras do fórum

Servidora dedicada à preservação de direitos.  
 
Ana Conceição Rangel de Andrade, assistente social judiciária na Comarca de Duartina, é servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo desde 2014. Graduada após os 40 anos, ela conta que a maturidade a ajudou a enxergar a profissão de outra forma, com mais confiança e iniciativa frente aos desafios cotidianos. A visão diferenciada e a experiência de vida impulsionaram o trabalho no Judiciário paulista e a atuação fora dele, numa história marcada pela interlocução entre a Justiça, a rede socioassistencial e a sociedade. Hoje em dia, além do trabalho no TJSP, ela se engaja em diversos projetos que atuam na garantia de direitos de crianças e adolescentes, participando de rodas de conversa e palestras sobre o tema. 
A servidora viveu grande parte de sua vida em Peruíbe e atuou como assistente social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Itanhaém, onde teve contato com diversos atores sociais e compreendeu o impacto de sua atuação na vida de crianças e adolescentes. Pouco tempo depois de tomar posse no Tribunal, Ana foi se familiarizando com os projetos realizados em Duartina e sentiu a necessidade de se engajar nas atividades, ficando mais próxima da rede socioassistencial, composta pelo Creas, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Conselho Tutelar e Saúde. 
Ela começou a participar de reuniões, conversas e palestras com profissionais da área, crianças, adolescentes e seus familiares. Além de auxiliar os envolvidos, ela viu uma oportunidade de contribuir, à sua maneira, com a resolução de algumas questões.  “Como a cidade é pequena, ficou mais fácil me aproximar das pessoas. O objetivo é que elas sejam ouvidas e informadas de seus direitos para que consigam solucionar os problemas antes que se tornem uma ação judicial”, explica Ana. “Hoje, as pessoas atendidas conseguem entender melhor seus papeis e seus erros”, diz. 
Nos últimos anos, a assistente social atuou em iniciativas em todos os municípios da Comarca, que abrange também as cidades de Cabrália Paulista, Lucianópolis e Ubirajara, grande parte voltadas para assuntos como violência contra a mulher e guarda de crianças. Os trabalhos buscam alcançar as pessoas atendidas por motivos diversos, como agressão, uso de drogas, abandono e outros. “Não adianta falar somente com a criança ou o adolescente, precisamos falar com a família toda e cuidar de quem cuida. As pessoas se sentem acolhidas ao serem prestigiadas por servidores no município e passam a ter mais confiança na busca por direitos”, conclui. 
 
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / AD (arte) 
 
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