Mais de 47 anos dedicados à Magistratura.

 

O desembargador Francisco Antonio Casconi fez a sua última sessão na 31ª Câmara de Direito Privado em 12 de dezembro último e, na ocasião, foi homenageado pelos colegas por seus mais de 47 anos dedicados à Magistratura. No dia de ontem (21), foi a vez dos integrantes do Órgão Especial expressarem ao desembargador seus sentimentos de amizade, respeito e gratidão pelo tempo de convivência no colegiado.

O desembargador Francisco Casconi também ouviu de seus pares palavras de incentivo à nova fase que se inicia com a aposentadoria. Ao abrir as manifestações de homenagem, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, ressaltou a carreira exemplar do magistrado e conclamou os novos juízes a seguirem a mesma trajetória de Francisco Casconi. “Recebeu a toga impoluta e a devolve da mesma maneira. Vossa Excelência, doravante, trilhará um novo percurso e, entre nós, deixará exemplos e saudades”.

Segundo o desembargador Décio de Moura Notarangeli, “a aposentadoria é uma janela que nos permite deslumbrar horizontes que antes não tínhamos tempo para ver”. Ele também falou sobre a herança deixada pelo desembargador. “Vai continuar sendo referência durante muitos anos ao nosso Órgão Especial, que tem essa característica, porque o empenho no exercício da função gera frutos que se esparramam no Plenário por muitos anos”.

Se fosse para descrever todas as qualidades citadas do homenageado, com citação nominal de cada desembargador, o texto seria longo. Exemplo, retidão, enorme respeitabilidade, ponto de verdadeiro equilíbrio, excelente no trato e no debate de ideias, referência, amizade, fidalguia, apreço, admiração são palavras e expressões repetidas nas manifestações dos colegas.

Também o Ministério Público, na pessoa do procurador Mário Antonio de Campos Tebet, que passou a conviver com o desembargador Francisco Casconi em razão das sessões do Órgão Especial, fez a saudação. “Essa homenagem não é só da instituição que represento neste momento, mas minha também. Embora nosso convívio tenha sido relativamente pequeno, a impressão que dá é que já havia um convívio anterior. Não nos abandone”.

Ao agradecer os colegas, Francisco Casconi, emocionado com a presença de familiares e amigos, disse sentir a sensação do dever cumprido ao deixar a toga. “O juiz deixa a toga, mas a toga não deixa o juiz”, disse ontem, no mesmo plenário que um dia, na década de 70, o recebeu na Magistratura.

Participaram da homenagem a esposa Sonia Maria Prado Casconi; o filho Gustavo Casconi e a nora Walquiria Soldera Casconi; a filha Tatiana Mara Casconi; a sobrinha Gabriela Nacarato; o neto Gian Lucca Simões Casconi; os amigos Daniela Gugliemi, Arthur Prado,  Izilda Stoquil e servidores de seu gabinete. Também esteve presente o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Heraldo de Oliveira Silva e pelo OE, além do presidente que conduziu a sessão, os desembargadores Beretta da Silveira (vice-presidente), Francisco Loureiro (corregedor-geral da Justiça), Xavier de Aquino (decano), Vico Mañas, Ademir Benedito, Campos Mello, Vianna Cotrim, Fábio Gouvêa, Matheus Fontes, Ricardo Dip, Costabile e Solimene, Luciana Bresciani, Luís Fernando Nishi, Décio Notarangeli, Jarbas Gomes, Marcia Dalla Déa Barone, Tasso Duarte de Melo, Silvia Rocha, Nuevo Campos, Carlos Monnerat, Figueiredo Gonçalves, Melo Bueno, Gomes Varjão e Paulo Ayrosa.

 

Francisco Antonio Casconi – Nasceu em São Paulo, em 1949. Formou-se pela Faculdade e Direito Metropolitanas Unidas (FMU), turma de 1972. Ingressou na Magistratura em 1976, nomeado juiz substituto na 63ª Circunscrição Judiciária, com sede em São Simão. Judicou nas comarcas de Itanhaém, Queluz, Osasco, São Vicente, Santo André e na Capital. Foi removido para o cargo de juiz substituto em 2º grau em 1990 e promovido a desembargador em 2004. 

 

Comunicação Social TJSP – RS (texto) / PS (fotos)

 

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