O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo inaugurou hoje (8) a exposição “Criação de Instalação da Comarca de Barueri”, instalada no fórum da cidade. 
        A ideia de se montar uma exposição partiu da juíza diretora do fórum da cidade, Leonete Maria da Silva, como forma de prestar uma homenagem a Barueri, onde ela atua como magistrada desde agosto de 1995. Para isso, pediu o auxílio de servidores e advogados mais antigos, para que - ao lado dos servidores e advogados atuais - reunissem material suficiente para registrar as memórias da cidade e do Judiciário local. Em seguida, a magistrada entrou em contato com a presidência e com o Museu do Tribunal de Justiça, através de seu coordenador, desembargador Alexandre Moreira Germano, a fim de concretizar a exposição. 
        Ao abrir a solenidade de instalação, a juíza discorreu sobre o histórico da comarca, das dificuldades que o Judiciário vem encontrando para acompanhar seu crescimento dos últimos anos, mas elogiou a dedicação dos servidores e disse que “a solução dos nossos problemas nem sempre chega no horário mais adequado, principalmente quando o poder de decisão não é exercido por quem está diretamente interessado na solução da questão”. E completou dizendo que não pretendia utilizar suas palavras para lamentar, pois o momento era de gratidão e alegria pela celebração da instalação da comarca, que ocorreu em 8 de dezembro de 1964.
        O desembargador Ricardo Mair Anafe, coordenador da 4ª Circunscrição Judiciária, cuja sede é Osasco e a qual pertence Barueri, representou o presidente, em exercício, desembargador Antonio Luiz Reis Kuntz. Ele falou da honra de representar o presidente do TJSP. Para o desembargador, um ato aparentemente singelo como a solenidade de abertura de uma exposição reflete o crescimento que a comarca de Barueri vem experimentando nos últimos anos, com a chegada de grandes empresas, bancos, indústrias etc. Anafe reiterou que o Tribunal de Justiça de São Paulo tenta, de todas as maneiras, melhorar a situação de todas as comarcas do Estado, e com Barueri não é diferente. No entanto, muitas vezes, a falta de autonomia financeira do Judiciário impede que se realize o que se gostaria.
        À solenidade estiveram também presentes, o presidente da Associação Paulista de Magistrados, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti; o desembargador Sérgio Seiji Shimura; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/Subsecção Barueri, José Almir; a coordenadora da Unidade de Carapicuíba da Defensoria Pública, Tatiana Semensato; o assessor da presidência da OAB, Subsecção São Paulo, Bento Pucci Neto, representando o presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, as juízas Ana Helena Rodrigues Mellim, Anelise Soares, Graciella Salzman, Maria Elizabeth de Oliveira Bortoloto e Nilza Bueno da Silva;  os juízes Peter Ecksmiedt e Mario Sergio Leite, todos da Comarca de Barueri.

        A exposição

        A mostra conta com 13 painéis, além de móveis antigos, documentos e outros objetos que explicam um pouco da história da cidade, da instalação da comarca incluindo a origem do nome “Baruery”, que tem três versões diferentes. Um desses painéis retrata como foi a fundação do município e a construção da primeira igreja, a “Nossa Senhora da Escada”, datada do século XVII.
        A Comarca de Barueri foi criada pela Lei nº 5121 em 1958 e instalada no ano de 1964. Atualmente tem seis varas cíveis, duas criminais, uma do juizado especial cível e criminal, uma da fazenda pública e um juizado digital. Estão em andamento atualmente no Judiciário local 149.552 processos, dos quais 3.317 deram entrada no mês de dezembro passado.

        Assessoria de Imprensa do TJSP – RP (texto) / AC (fotos)