Integrantes do Judiciário prestigiam outorga de título de “Professor Emérito” a educador da PUC
Em 77 anos, a instituição outorgou poucos títulos similares.
Emérito – do latim emeritus – significa merecer. Professor emérito é um título honorífico conferido aos professores ilustres, de grande competência, com grande conhecimento em determinada área.
Em razão da singularidade do ato, integrantes do Poder Judiciário de São Paulo prestigiaram, ontem (23), a Sessão Solene do Egrégio Conselho Universitário da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que atribuiu ao professor doutor Roque Antonio Carrazza o título de “Professor Emérito”, nas palavras da reitora Maria Amália Pie Abib Andery, “a instituição, até agora, outorgou 25 títulos dessa natureza”.
A mesa condutora dos trabalhos foi integrada pela reitora, Maria Amália Pie Abib Andery; a vice-reitora, Ângela Brambilla Cavenaghi Themudo Lessa; o diretor da Faculdade de Direito, Vidal Serrano Nunes Junior, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ricardo Mair Anafe e o homenageado Roque Antonio Carrazza. Além do presidente do TSP, estavam presentes o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Wanderley José Federighi; o vice-presidente do Tribunal Regional Federal, desembargador Antonio Carlos Cedenho; o vice-diretor da Escola Paulista da Magistratura, Gilson Delgado Miranda; a desembargadora Mônica de Almeida Magalhães Serrano; o desembargador Marco Antonio Marques da Silva; o presidente da Academia Paulista de Direito, magistrado Alfredo Attiê Júnior; o juiz José Fabiano Camboim de Lima, representando a Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Marcos de Lima Porta, que coordena o curso de Direito da PUC SP.
Ao saudar o homenageado, o diretor da Faculdade de Direito, Vidal Serrano Nunes Junior, falou do professor, do homem, do pai, do avô e do amigo e enalteceu o ato. “O título de Professor Emérito constitui o maior galardão da vida acadêmica. Uma distinção para aqueles cuja conduta ética, a inteligência ímpar e a excelência acadêmica o fazem uma verdadeira referência na Instituição que os galardoa.”
Agradecendo os que acompanharam a outorga do título, o homenageado Roque Antonio Carrazza recordou o começo da vida acadêmica, recordou seus professores, falou do trabalho no Ministério Público, dos familiares e dos amigos, de suas expectativas e das lutas necessárias para as correções de desvios. “Fui e continuo sendo um estudante; um eterno estudante, sempre procurando aprender. Aprender com os maiores, aprender com os pares, aprender com os alunos, que ninguém é tão professor que não possa ser um pouco aluno, nem tão aluno, que não possa ser um pouco professor. Afinal, é do entrechoque de ideias que, no mais das vezes, faísca a verdade. [...] Como se sabe, o Brasil vive uma grave crise moral, política e social. Longe, de muito longe, vem o estribilho, que já enfastia. A reiteração dos casos de corrupção e de fraude e – o que é pior – sua impunidade, acusam a ineficiência dos Poderes Públicos. Esses fenômenos estão se tornando tanto mais perigosos, na medida em que habituam as pessoas a aceitar o desacato à lei e à ordem pública. Cabe a todos nós lutar para corrigir os erros e desvios que nos apequenam e envergonham perante as nações que o lugar comum apelidou de cultas e civilizadas.”
Comunicação Social TJSP – RS (texto) / PS (fotos)
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