Comunicação não violenta na Justiça Restaurativa é tema de palestra
CIJ promoveu evento online.
A Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu, nesta quinta-feira (10), a palestra online “Comunicação não violenta como linguagem da Justiça Restaurativa”, ministrada por Silvio de Melo Barros, mediador de conflitos e facilitador de comunicação não violenta.
Na abertura do evento, a juíza Eliane Cristina Cinto, integrante da CIJ e coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa da Comarca de Laranjal Paulista, destacou a importância da temática. “Com a comunicação não violenta podemos ressignificar a atuação profissional e também nos âmbitos pessoal e familiar”, ressaltou. Na sequência, o juiz Egberto de Almeida Penido, integrante da CIJ e titular da 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude da Capital, ressaltou a importância da formação continuada. “No estado de São Paulo começamos os trabalhos de justiça restaurativa muito próximos da metodologia da comunicação não violenta e sabemos como esse repertório contribui para o facilitador”, afirmou.
O pesquisador Silvio de Melo Barros iniciou a exposição explicando que a comunicação não violenta começa antes do diálogo e envolve aspectos mais complexos do que resolver conflitos pontuais. Para ele, o foco deve ser interno, na maneira como cada indivíduo enxerga o mundo, como se sente em relação às experiências de vida e quais estímulos podem gerar comportamentos violentos. “O significado que damos às coisas interfere na forma de nos comunicarmos. A nossa reação diante de uma situação não tem relação somente com aquele momento, mas com as nossas memórias”, discorreu.
O palestrante também explorou as necessidades humanas, como a autenticidade e o pertencimento, e a importância da escuta para a qualidade da conexão com o outro. “Diante de um conflito, são perguntas necessárias: qual a minha necessidade? Qual a necessidade do próximo? O que podemos fazer?”, refletiu. A partir dessas colocações, os participantes participaram de atividade em grupo para praticarem a escutatória.
Ao final da aula, o mediador deixou algumas reflexões. “Que mundo eu quero viver? Quem eu quero ser nesse mundo? Quais habilidades eu preciso construir?”, questionou. Os participantes também formularam perguntas, que foram mediadas pela juíza Eliane Cinto. Em seguida, o magistrado Egberto Penido realizou as considerações finais.
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / PS (reprodução e arte)
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