Após 58 anos dedicados ao Tribunal de Justiça de São Paulo – 13 como funcionário e 45 como magistrado –, o desembargador Ruy Coppola foi homenageado hoje (11) em sua última sessão de julgamento antes da aposentadoria. O magistrado, que atua na 32ª Câmara de Direito Privado do TJSP, foi agraciado com palavras de admiração, amizade e agradecimentos de integrantes do Conselho Superior da Magistratura, muitos desembargadores, servidores e familiares.

O presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe, falou sobre o período em que trabalharam juntos, como juízes assessores da Corregedoria Geral da Justiça. Destacou sua firmeza na condução dos trabalhos, mas sem deixar de ser compreensivo frente às questões apresentadas. Citou muitas qualidades do homenageado, como a sinceridade e o bom humor, e sua devoção ao Judiciário paulista. “Sem sombra de dúvidas o sentimento do dever cumprido é enaltecido pela efetiva dedicação ao Tribunal e à população de São Paulo pela boa, breve, serena e profícua prestação jurisdicional, incluindo o tempo em que trabalhou como funcionário, porque o Tribunal não funciona sem os servidores”, afirmou o presidente.

Os presidentes das seções de Direito Privado, Público e Criminal do TJSP também saudaram Ruy Coppola para desejar alegrias na nova fase da vida. “Ruy é quase uma unanimidade e tive a imensa honra de me tornar seu amigo”, disse o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Francisco José Galvão Bruno. “Sempre procurei me espelhar no exemplo de magistrados como Vossa Excelência”, contou o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Wanderley José Federighi. “Um amigo leal. Nunca traiu ninguém. Nunca falou mal de ninguém e sempre procurou ajudar”, frisou o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira. 

O vice-presidente do TJSP, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, cumprimentou o homenageado e falou sobre a saudade dos colegas que deixaram a Magistratura depois de anos de serviço ao povo paulista. “Nos últimos tempos o Tribunal tem sofrido constante renovação. Se por um lado é extremamente importante e necessária, por outro não podemos deixar de reverenciar os grandes homens que fizeram a história da Corte. E Ruy é um desses homens, não apenas pelas qualidades de juiz, mas pelo ser humano que é.”

A 32ª Câmara também é composta pela desembargadora Mary Grün, como presidente, e pelos desembargadores Alberto de Oliveira Andrade Neto, Luís Fernando Nishi e Caio Marcelo Mendes de Oliveira. Todos falaram sobre o convívio com o homenageado, a amizade e seus ensinamentos. “Foi mais que um colega de câmara, foi um amigo, que soube relevar minhas deficiências, e esteve sempre ao meu lado”, disse Caio de Oliveira. “Um conselheiro nato, alguém aberto a orientar e com um coração imenso”, afirmou Fernando Nishi. “Conquistou a reputação e sentimentos de admiração ao longo de sua trajetória”, salientou Andrade Neto. A presidente Mary Grün contou que começou a trabalhar com Ruy Coppola há cerca de um ano. “Chamou minha atenção o fato de ser um magistrado entusiasmado e motivado até o último dia de trabalho.”

Muitos desembargadores do TJSP, da ativa e aposentados, fizeram questão de comparecer à sessão para também homenagear Ruy Coppola, entre eles, o vice-presidente do TJSP no biênio 2014-2015, Eros Piceli. O colega Walter Exner também fez uso da palavra. 

Além dos magistrados, também se manifestou o procurador de Justiça Paulo Sérgio dos Santos, que atua na 32ª Câmara e enalteceu a carreira do desembargador e sua atuação como professor, importante na formação de tantos profissionais do Direito. Servidores do gabinete de Ruy Coppola também apresentaram uma mensagem de carinho, lida pela funcionária Luciana Taborda, em nome dos colegas Renato Reis, Ivone Silva, Lilian Mitie e Henrique D’Angelo. 

O filho do homenageado, Ruy Coppola Junior, participou da sessão com palavras de admiração, respeito e amor. Comparou as qualidades do pai às dos super-heróis, falou sobre seu trabalho e sua veneração pelo Tribunal. “Você sempre foi inspirador, desde quando era funcionário do Tribunal. Obrigado por ser nosso herói, nosso guia e nossa inspiração.”

Em seus agradecimentos, Ruy Coppola citou muitos magistrados, amigos e servidores que fizeram parte de sua trajetória. Lembrou quando chegou ao tribunal, ainda menino e, depois, prestou um concurso para escriturário. Exerceu cargos de direção enquanto era funcionário, até ingressar na Magistratura paulista em 1978. “Deixo essa casa com muita gratidão pelos anos aqui vividos. Agradeço a todos que comigo conviveram”. Também agradeceu à esposa, aos filhos e noras e falou com muito carinho dos netos. Sobre o TJSP, destacou momentos marcantes e lembrou uma fase difícil enfrentada pelo mundo e pela Corte bandeirante. “Na pandemia, o Tribunal de Justiça de São Paulo se superou e mostrou ao país a sua força, comprovando a razão de ser o maior do país.”

 

Trajetória – Ruy Coppola nasceu na cidade de São Paulo, em 1948. Formou-se em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em 1974. Foi funcionário do TJSP até ser aprovado no concurso de ingresso na Magistratura, em 1978, como juiz substituto da 7ª Circunscrição Judiciária, com sede em Amparo. Trabalhou nas comarcas de Jacupiranga, Tatuí, São Bernardo do Campo e na Capital e, também, foi juiz assessor de cargos de direção e cúpula do TJSP. Em 1996 foi promovido a juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil e, em 2005, a desembargador. Integrou o Órgão Especial do TJSP como membro eleito em 2010.

 

Comunicação Social TJSP – CA (texto) / KS (fotos)
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