Magistrados do TJSP prestigiam evento da memória eleitoral paulista

Evento realizado no plenário do TRE-SP.
 
O presidente da Comissão de Gestão da Memória do Tribunal de Justiça de São Paulo e coordenador do Museu do TJSP, desembargador Octavio Augusto Machado de Barros Filho, e o integrante do Comitê do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname), juiz Carlos Alexandre Böttcher, participaram ontem (8) do evento “Pintou a Toga no Bexiga”, realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. O objetivo foi apresentar as características urbanas e sociais do bairro, seus personagens e os principais fatos que contribuíram para a formação da região, situada na Bela Vista, centro da Capital.  A cerimônia aconteceu no plenário do TRE-SP e revelou a relação da Corte com sua vizinhança. A ação, parte das comemorações do Dia Nacional da Memória do Judiciário (celebrado em 10/5), foi organizada pelo Centro de Memória Eleitoral (Cemel).
O presidente do TRE-SP, desembargador Paulo Sérgio Brant de Carvalho Galizia, entregou certificado homenageando três personalidades que marcaram o cenário e a memória do Bexiga. Um dos agraciados foi o artista plástico Biaggio Mazzeo, responsável pela pintura de 39 retratos de presidentes do Tribunal e quatro secretários-gerais entre 1958 e 2019. Outro condecorado foi o professor de sociologia Álvaro de Aquino e Silva Gullo, da Universidade de São Paulo (USP), especialista em comunicação de massa e emérito cidadão nascido e criado no Bexiga. Também foi reconhecida a produtora audiovisual Thais Taverna Chaim, atual curadora do Centro de Memória do Bexiga, fundado por seu avô Walter Taverna, figura histórica do bairro. “Todos deram sua contribuição para a nossa história, o nosso bairro, a nossa sede e o nosso estado. Esse diploma os reconhece com muita sinceridade e alegria”, disse o desembargador Paulo Galizia. Ele ainda lembrou as raízes históricas do Bexiga — localidade onde foi construído o primeiro quilombo de São Paulo e, posteriormente, acabou ocupada por italianos.
O vice-presidente e corregedor do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes, contou que o complexo de edifícios da Corte, interligados entre a Rua Francisca Miquelina e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, foi inaugurado em 6 de junho de 1970. “Não duvidaria que o grande desembargador Mário Guimarães, que presidiu a reinstalação da Justiça Eleitoral em São Paulo e foi um personagem absolutamente decisivo para a redemocratização do Brasil, não tivesse pensado em uma outra data senão 6 de junho, ou seja, o 6 de junho do ano anterior, de 1944, data do desembarque dos aliados na Normandia, marcando o início do fim da Segunda Guerra Mundial.”
Também fez uso da palavra o gestor do Centro de Memória Eleitoral, José D'Amico Bauab, que afirmou que o Bexiga tornou-se, ao longo do século 20, um experimento antropológico e sociológico, destacando que, atualmente, o “Bexiga inclusivo” se renova com a imigração africana.
Ao final do encontro, o público recebeu exemplares do “Dossiê Eleitoral Paulista”, livreto institucional com textos e imagens históricos, além de dados estatísticos das Eleições 2022. O evento contou com a presença dos ex-presidentes do TRE-SP Waldir Sebastião de Nuevo Campos Junior e Carlos Eduardo Cauduro Padin; a juíza assessora da Presidência do TRE-SP, Denise Indig Pinheiro; da juíza assessora da Corregedoria do TRE-SP, Fernanda Colombini; do diretor-geral do TRE-SP, Claucio Corrêa, e da procuradora regional eleitoral Paula Bajer; magistrados; servidores e jurisdicionados.
 
* Com informações do TRE-SP
 
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