Diagnóstico precoce possibilita qualidade de vida aos pacientes.

A campanha Fevereiro Roxo e Laranja é mais uma iniciativa apoiada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo para promover a conscientização sobre quatro doenças: lúpus, Alzheimer, fibromialgia – simbolizadas pelo roxo – e leucemia – representada pelo laranja.
Durante todo o mês, a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do TJSP, por meio de sua Diretoria de Saúde, alerta servidores e magistrados sobre a importância do diagnóstico precoce, tratamento adequado e, no caso da leucemia, doação de medula óssea.

 

Leucemia: a importância da doação e o apoio da lei
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos que tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea. Os principais sintomas são anemia, fraqueza, cansaço, sangramentos nasais e nas gengivas, manchas roxas e vermelhas na pele, gânglios inchados, febre, sudorese noturna, infecções, dores nos ossos e nas articulações.
O tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia e características do paciente, sendo o transplante de medula óssea o recurso necessário para os casos mais graves. Neste ano, o combate à doença ganhou um importante reforço com a promulgação da Lei nº 14.530/23, que facilita a busca por doadores ao permitir que o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e hemocentros habilitados possam requisitar dados de contato de pessoas cadastradas para doação e familiares junto a órgãos públicos.
Além do diagnóstico precoce, o estímulo à doação de medula óssea é o grande objetivo do Fevereiro Laranja. Podem doar pessoas entre 18 e 35 anos, em boas condições de saúde, que não tenham doença infecciosa transmissível pelo sangue ou histórico de câncer, doença hematológica ou autoimune. Qualquer interessado pode realizar cadastro em um hemocentro, sendo  necessário apresentar documento com foto, preencher formulário e realizar coleta de uma amostra de sangue para testes de compatibilidade da medula. Os dados são encaminhados ao banco de dados do Redome, que conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados aguardando compatibilidade com pacientes na fila do transplante.

 

Lúpus, Alzheimer e fibromialgia: diagnóstico precoce é fundamental
As três doenças representadas pelo Fevereiro Roxo têm uma característica em comum: nenhuma delas tem cura. Por isso, um dos principais aliados no combate a lúpus, doença de Alzheimer e fibromialgia é o diagnóstico precoce, para que o tratamento adequado minimize os impactos ao paciente e para que este mantenha a qualidade de vida.
O lúpus é uma doença inflamatória crônica autoimune que apresenta manifestações clínicas variáveis, sendo progressiva e potencialmente fatal se não for tratada assertivamente. Os sintomas incluem sinais dermatológicos e sistêmicos, como febre baixa, cansaço, desânimo, perda de peso, dor nas costas e lesões na pele. O diagnóstico é feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais. O tratamento depende do tipo de manifestação apresentada pelo paciente e, embora não traga a cura, pode levar à remissão de doença.
Por sua vez, a doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que se manifesta por deterioração cognitiva, perda de memória e linguagem, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. Sem causa definida, a doença tem como fatores de risco a idade e o histórico familiar. O tratamento visa a atenuação dos sintomas por meio de medicamentos, e há estudos que indicam que estimular o funcionamento do cérebro por meio de leitura, aprendizado de idiomas, jogos de memória, quebra-cabeças e outras atividades que envolvam raciocínio pode retardar os sintomas.
Já a fibromialgia trata-se de uma forma de reumatismo associado à sensibilidade em relação a um estímulo doloroso, portanto, não pode ser considerada doença inflamatória. É uma síndrome que engloba uma série de manifestações clínicas, como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono. Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer sua manifestação, incluindo doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. O tratamento visa controlar os sintomas, diminuído dores e melhorando a qualidade de sono e humor, seja por uso de medicamentos ou práticas como atividade física e técnicas de relaxamento.
Conviver com qualquer uma das doenças representadas pelo Fevereiro Roxo e Laranja é um processo árduo, mas diagnosticá-las de maneira precoce e aplicar o tratamento adequado é o fator chave para manter a qualidade de vida no enfrentamento. Portanto, não hesite em procurar um médico ao observar um ou mais sintomas mencionados.

 

Comunicação Social TJSP – RD (texto) / MK (arte)
imprensatj@tjsp.jus.br

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