EPM promove evento sobre redação jurídica
Palestraram Marcos Pagan, Luiz Torrano e Danielle Cardoso.
A Escola Paulista da Magistratura (EPM) realizou nesta quinta-feira (15) o evento de Apresentação da Coordenadoria da área de Redação e Prática Jurídica. Foi discutido o tema “Redação jurídica: técnicas de estruturação do texto e revisão gramatical”, com exposições dos juízes Marcos Alexandre Bronzatto Pagan, Luiz Antônio Alves Torrano e Danielle Martins Cardoso, responsáveis pela Coordenadoria. Com 507 inscritos nas modalidades presencial e on-line, o evento pode ser acessado no canal da EPM no YouTube.
A abertura dos trabalhos foi realizada pelo diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Júnior, que agradeceu a participação de todos, em especial da os palestrantes, destacando a criação da nova coordenadoria na Escola.
O juiz Marcos Pagan adiantou que os expositores apresentariam um panorama sobre um curso a ser ministrado pela Escola. Ele versou sobre a estruturação do texto, enfocando os gêneros narrativo, descritivo e dissertativo e suas características e aplicações na prática jurídica e forense. Como exemplos, citou a inspeção judicial, a vistoria e a perícia, esclarecendo que são tipicamente descritivos. Salientou também a importância da revisão textual e destacou os capítulos das peças processuais: características próprias e aplicação na prática jurídica e forense; organização, argumentação lógica, desenvolvimento e elaboração do texto jurídico; atributos; abordagem crítica, distorções, desafios e propostas.
A juíza Danielle Cardoso falou sobre coesão textual. Ela ressaltou a importância da visão interdisciplinar, que pode englobar áreas como Cinema, Literatura, Jornalismo e Publicidade. Explicou também a diferença entre a elaboração de um texto conciso, sucinto ou lacônico. Outros aspectos abordados foram ordenação lógica dos argumentos e das teses; erros, sofismas e falácias; polissemia, ambiguidade e intertextualidade; estilo; vigor, ênfase, vocabulário, vícios de linguagem, erros e expressões indevidas; (ausência de) boas escolas e boa escrita.
O juiz Luiz Alves Torrano discorreu sobre a origem da língua portuguesa e suas influências, recordando o uso da língua latina e o contexto histórico da época em que era falada. Ressaltou ainda a importância da gramática e das regras constitutivas e normativas. Por fim, conceituou a pragmática como um “estudo dos aspectos interdependentes dentro de um contexto” e esclareceu que ela pode ser convencional ou conversacional, quando envolve um contexto interdiscursivo.
Comunicação Social TJSP – LS (texto) / RF (fotos)
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