Sandra Maria Galhardo Esteves tomou posse como desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nesta segunda-feira (30/8), em cerimônia realizada no Salão do Júri do Palácio da Justiça.
    A nova integrante da Corte, que agora conta com 357 desembargadores, ingressou na carreira pelo Quinto Constitucional - Classe Advogado. Ela foi escolhida em sessão do Órgão Especial de 23/6 e, posteriormente, indicada pelo governador Alberto Goldman.
    A solenidade, conduzida pelo presidente do TJSP, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, teve inicio com o discurso do desembargador José Luís Palma Bisson, orador em nome do TJSP, que falou à empossada sobre as dificuldades a serem enfrentadas. “A vida de um juiz é dura, principalmente nos momentos em que tem que dizer não à dor que vê. A Justiça não é fácil de ser feita”, disse.
    Ainda segundo ele, todo juiz tem que ser humilde para não dar vazão aos seus desejos e não julgar com o coração. “A soberba não tem lugar no coração dos justos. Aqui, não fazemos fortuna. Somos, sim, afortunados”, concluiu.
    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção São Paulo (OAB- SP), Luiz Flávio Borges D´Urso falou sobre a importância do Poder Judiciário brasileiro para garantir a segurança social. “Acredito no papel do Poder Judiciário. A Justiça do país é, nesse momento, a via mais segura a fim de garantir a segurança social do Brasil. Há, portanto, a necessidade de um Judiciário forte, independente”, ponderou.
    A desembargadora empossada, Sandra Maria Galhardo Esteves relembrou sua trajetória profissional até o momento de sua indicação para a Corte. Segundo ela, os juízes têm a difícil missão de julgar os fatos da vida com todas as suas mutações.
    Ciente do duro caminho a trilhar, Sandra Maria se diz disposta a enfrentar os novos desafios. “Tenho consciência da árdua tarefa que me aguarda. A missão está posta, os propósitos definidos. O trabalho me espera”, falou ela.
    O presidente do TJSP, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, encerrou a cerimônia desejando sucesso à nova empossada.

     Quinto Constitucional

    O artigo 63 da Constituição do Estado de São Paulo diz que um quinto dos lugares dos Tribunais de Justiça e de Justiça Militar será composto de advogados e de membros do Ministério Público, de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional ou na carreira, indicados em lista sêxtupla, pela seção estadual da Ordem dos Advogados do Brasil ou pelo Ministério Público, conforme a classe a que pertencer o cargo a ser provido.
    Dentre os nomes indicados, o Órgão Especial do TJSP forma lista tríplice, encaminhando-a ao governador do Estado que escolhe um de seus integrantes para o cargo e o nomeia, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa.

     Assessoria de Imprensa TJSP - AM (texto) / AC (fotos)