Novos juízes assistem à palestra sobre relacionamento com a mídia
A Comissão de Imprensa e Comunicação do Tribunal de Justiça participou hoje (16/7) do curso de iniciação funcional direcionado aos juízes aprovados no 182º Concurso para Ingresso na Magistratura, último realizado em São Paulo. Os desembargadores Carlos Teixeira Leite Filho (presidente) e Décio de Moura Notarangeli conversaram com os magistrados e procuraram destacar a importância do bom relacionamento entre judiciário e jornalistas. A mesa foi presidida pelo desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, um dos coordenadores do curso.
Teixeira Leite falou sobre as propostas e ações que a CIC tem implantado no TJ. “Queremos abertura para mostrar nosso trabalho à sociedade, já que sempre somos criticados pela lentidão.” O desembargador embasa as ações da comissão em fatos concretos. “O juiz paulista produz mais que o dobro da média do Brasil.”
Desde janeiro, quando foi publicada a portaria que nomeou os três integrantes da CIC (Carlos Teixeira Leite Filho, Marco Antonio Marques da Silva e Décio de Moura Notarangeli), os desembargadores visitaram redações de jornais, televisões, rádios e revistas em São Paulo e no Rio de Janeiro para estreitar o relacionamento com os veículos de comunicação. Eles, também, têm proferido palestras em algumas redações para explicar aos jornalistas como funciona o Poder Judiciário, além de sanar dúvidas do cotidiano das coberturas.
A CIC informou aos magistrados que está ‘no forno’ um guia prático sobre relacionamento da magistratura com a imprensa, que será entregue aos integrantes do Poder Judiciário, com dicas sobre linguagem e postura na concessão de entrevistas.
Décio Notarangeli contou aos juízes o porquê da urgência dos jornalistas na obtenção da informação. Ele explicou que, muitas vezes, mesmo a sentença extraordinariamente bem fundamentada pode não despertar o interesse jornalístico. Outro ponto enfatizado foi a dificuldade que os profissionais têm para entender a linguagem jurídica. “O jornalista está no exercício de sua função, deve ser respeitado e atendido sempre da melhor forma possível. Ele quer a informação e nós a temos. Se a sociedade não sabe é porque não divulgamos.”
O Curso de Iniciação Funcional tem o objetivo de proporcionar uma visão prática do ofício da magistratura. Ao serem aprovados, os juízes – denominados substitutos enquanto não são vitaliciados – participam durante quatro meses do curso, na Escola Paulista da Magistratura, que oferece aulas teóricas e atividades práticas. O desse grupo teve início em 7 de junho e termina em 28 de setembro. A partir da próxima segunda-feira, os magistrados assumem suas funções e acompanham as palestras por meio de videoconferências. Desse momento em diante, cada magistrado é acompanhado por um juiz chamado formador, que faz avaliações mensais do trabalho. Após um ano, o formador elabora o relatório final que é enviado à Corregedoria-Geral da Justiça sobre todo o período do estágio.
Assessoria de Imprensa TJSP - CA (texto) / AC (foto)