O catálogo da exposição “Berço do Barroco Brasileiro no Tribunal de Justiça e seu apogeu”, realizada no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça, destaca a riqueza das obras exibidas, muitas delas expostas ao público pela primeira vez. Mais de quatro mil pessoas estiveram presentes durante os 22 dias de mostra.

       Como na exposição, o catálogo é divido em três partes: uma com fotografias das obras da Arte Sacra Paulista do Século XVII, em terracota (barro cozido), pertencente ao colecionador Ary Casagrande Filho; outra com peças de autoria atribuída a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, na maioria em madeira, além de pedra-sabão e terracota. A última parte contém obras barrocas sem atribuição de autoria.

      O abade do mosteiro São Bento, dom Matthias Tolentino Braga,  fala do percurso ousado e fascinante da história do barroco brasileiro, desde o berço até o seu apogeu quando afirma que "é com grande alegria, que os monges de São Bento consentem que a imagem de Nossa Senhora de Montserrate seja exposta e conhecida nesta mostra no TJSP".

       Essa foi a primeira vez que a imagem de Nossa Senhora de Montserrate, com cerca de 375 anos, enclausurada no Mosteiro São Bento, esteve exposta no Brasil.

        A publicação traz, também, textos do curador Marcelo Coimbra e do colecionador Ary Casagrande Filho, bem como uma poesia de Paulo Bomfim.

        O historiador, Márcio Jardim, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, relata sobre a vida e obra de Aleijadinho, explicando que para atribuir autoria ao artista deve seguir o caminho documental e os sinais estilísticos.

         O conteúdo do catálogo tem ainda textos do coordenador do Museu do TJSP, desembargador Alexandre Moreira Germano; do presidente do Tribunal, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, e do presidente da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis), desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti.

Assessoria de Imprensa TJSP - LV (texto) / AC (fotos)