O novo contexto imposto pela pandemia e seus impactos no Poder Judiciário paulista foram tema de matérias divulgada pela imprensa durante este fim de semana. Ao jornal O Vale, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, concedeu entrevista sobre o assunto. Processos de adoção a distância foram abordados pelo O Estado de S.Paulo e pelo Correio Popular, enquanto O Liberal destacou as mudanças no setor público resultantes das restrições.

Pinheiro Franco, em entrevista publicada no sábado (8), relembrou os primeiros passos da implantação do sistema remoto, falou do funcionamento do home office, do Plano SP, de ensinamentos trazidos pela pandemia e dos ataques às instituições. “O Poder Judiciário, pilar da democracia em qualquer parte do mundo, juntamente com os demais Poderes do Estado, e o Supremo Tribunal Federal, em especial, devem ser respeitados e jamais se submeterão a violências ou ameaças. Nosso país é dotado de um regime democrático sólido. Mas é preciso tratarmos as coisas com responsabilidade”, afirmou.

Também no sábado (8), O Estado de S.Paulo, reproduzido pelo Correio Popular, tratou especificamente dos processos de adoção. O texto diz que as audiências e entrevistas estão sendo realizadas a distância e que no Estado de São Paulo foram registradas 720 adoções no primeiro semestre deste ano ante 1.041 adoções no mesmo período de 2019. “Percebemos que realmente (o número) caiu, claro, mas, se formos pegar a perspectiva que havia no começo da quarentena, de que o número de adoções fosse tender a zero, esse número não é desprezível. Mesmo tendo caído, conseguimos manter uma boa quantidade de adoções”, contou o juiz assessor da Presidência Iberê de Castro Dias.

O jornal O Liberal, ontem (9), destaca que o home office e o atendimento via internet ganharam espaço nos últimos meses no setor público. De acordo com a matéria, a efetividade do Poder Judiciário paulista aumentou durante o tempo em que juízes e servidores permaneceram trabalhando de forma remota. Entrevistado, o diretor do Fórum de Americana, juiz Marcos Cosme Porto, destacou que o grau de eficiência do trabalho do serviço público de jurisdição está sendo muito maior do que era antes. “Os números são impressionantes”, declarou. O magistrado também ressaltou a economia observada nesse período. No Fórum de Americana, os gastos médios mensais com água, energia e telefone, que eram de R$ 15,6 mil antes da pandemia, diminuíram para R$ 5.960 – redução de 61%.

 

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