Poder Judiciário da Alta Paulista desenvolve projetos solidários em tempos de pandemia
Ensino público e população carente são alvos das ações.
Em função da suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19 e com o objetivo de auxiliar na continuidade do ano letivo de forma virtual na rede pública de ensino, o Judiciário da região da Alta Paulista e o Ministério Público de São Paulo se uniram para oferecer suporte de adequação psicoeducacional a professores das cidades de Adamantina, Mariápolis, Flórida Paulista, Pacaembu e Irapuru, possibilitando a capacitação e a reorganização dos trabalhos escolares por meio do projeto “Reinventar o Aprender e Criar Novas Formas de Ensinar”, que conta com a assessoria virtual de uma psicoeducadora. Além desta ação educacional, o Poder Judiciário local foi além do universo pedagógico e, pensando nas comunidades mais carentes, desenvolveu o “Marmita Solidária”, também no ambiente escolar.
“Na iniciativa privada, acompanhamos a agilidade e a presteza nas adaptações ocorridas diante da atual crise sanitária, visando não perder o ano letivo. Assim, sentimos a necessidade de levantarmos a bandeira da igualdade e da sororidade no campo público. O problema também é nosso”, afirmou a juíza Ruth Duarte Menegatti. “Muitos professores da rede pública não estavam familiarizados com ambientes virtuais, assim como não tinham experiências com os novos métodos, o que poderia prejudicar diversas crianças. Dessa forma, o projeto deu sustentação para a triangulação educacional: família, professores e alunos. Os resultados foram surpreendentes, uma vez que os docentes se sentiram mais amparados diante da nova forma de ensinar”, observou.
Com a crise, professores tiveram que repensar conteúdos, reorganizar os métodos e otimizar o tempo, com ferramentas de trabalho remoto, um verdadeiro desafio para muitos deles. Para auxiliar nesse processo, a psicoeducadora Denise Alves Freire foi procurada e, a partir de então, reuniões periódicas e cursos começaram a ser desenvolvidos. Denise vem assessorando virtualmente professores, diretores e coordenadores, tudo com o apoio das secretarias de educação dos municípios envolvidos, que deram aval prévio e continuam acompanhando todo o suporte oferecido.
Além disso, os trabalhos caminham para além do lado pedagógico. Pensando nas famílias mais carentes de Adamantina, o projeto “Marmita Solidária”, também desenvolvido pela juíza Ruth Duarte Menegatti, contou com a ajuda de integrantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eurico Leite de Morais e da Igreja Amor e Cuidado. A proposta foi transformar as merendas escolares em marmitas, que foram oferecidas às famílias dos alunos. “Contamos com um grupo de 70 voluntários recrutados pelo próprio diretor da escola, professor Ricardo Mendes Antonio. Foram distribuídas 2.500 marmitas para 114 famílias. A opção foi considerada devido ao alto índice de carência do local e também em face ao despreparo das famílias envolvidas diante de uma situação pandêmica tão inesperada”, ressaltou a magistrada.
Comunicação Social TJSP – SB (texto) / Divulgação (foto)
imprensatj@tjsp.jus.br
Siga o TJSP nas redes sociais:
www.facebook.com/tjspoficial
www.twitter.com/tjspoficial
www.youtube.com/tjspoficial
www.flickr.com/tjsp_oficial
www.instagram.com/tjspoficial