A Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu nesta sexta-feira (4/12) o Seminário “Inclusão digital como instrumento de aperfeiçoamento e integração social”. O evento contou com a parceria do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. 
    O objetivo do encontro é promover a inclusão digital de adolescentes que cumpre medidas sócio-educativas, visando alcançar principalmente gestores sociais que trabalham com adolescentes em conflito com a lei. 
    O coordenador da Infância e Juventude do TJSP, desembargador Antonio Carlos Malheiros, realizou a abertura e presidiu o seminário: “este evento que conta com o apoio do Serpro é de extrema importância para a sociedade. A palavra inclusão diz tudo, num momento em que pouco se faz pelos jovens. Cada poder, cada ente governamental precisa se voltar para a inclusão, como instrumento de integração social”, afirmou o desembargador. 
    A presidente da Fundação Casa, Berenice Maria Giannella, alertou para o crescimento do número de internos.  Segundo ela, durante os anos de 2006 a 2008 o número de internos alcançava em torno de 5.400 no mês; em 2009 a média gira em torno de 6.500 internos/mês, devido principalmente ao tráfico de entorpecentes. “A falta de políticas públicas sociais efetivas, o total desamparo e outros agravantes contribuem para o aumento da criminalidade de nossos jovens”, completou a presidente. 
    Para iniciar o ciclo de palestras, o coordenador da Responsabilidade Social e Cidadania do Serpro, Dílson José dos Santos falou sobre “Software Livre como oportunidade de Inclusão sociodigital”. 
    Na seqüência, o juiz da Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, Daniel Issler, trouxe o tema “Inclusão digital de adolescentes em conflito com a lei e parcerias”; a juíza do Departamento de Execução da Infância e Juventude (Deij), Mônica Ribeiro de Souza Paukoski falou sobre “Perspectivas para inclusão digital no sistema socieducativo – atuação do DEIJ –Departamento de Execuções da Infância e da Juventude”. 
    O seminário aconteceu no Salão dos Passos Perdidos, no 2º andar do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário paulista, no centro da capital.