O Tribunal de Justiça de São Paulo instalou na última sexta-feira (27/6) o Setor de Conciliação do Fórum de Itanhaém, litoral sul do Estado de São Paulo. O novo setor será coordenado pela juíza Cláudia Aparecida de Araujo, responsável pela 3ª Vara de Itanhaém. Trabalharão no local cerca de 70 conciliadores, todos advogados, além de três estagiários da magistratura. Inicialmente, funcionará às segundas, quintas e sextas-feiras e a expectativa é de que sejam realizadas cerca de 20 audiências por dia. 
    Representando o presidente do Tribunal, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, o desembargador Manoel Mattos Farias abriu a solenidade e passou a palavra do juiz Eduardo Hipolito Haddad, juiz da 3ª Vara e coordenador adjunto do Núcleo do Setor de Conciliação da comarca de Itanhaém. Ele lembrou que a instalação é o resultado de um trabalho que começou em dezembro do ano passado, ou seja, há sete meses, “quase um período de gestação que hoje vem ao mundo”, lembrou o magistrado. Ele dedicou suas palavras aos personagens mais importantes do evento: os conciliadores. Nesse sentido, o juiz afirmou ainda que “nesta solenidade a mesa está invertida, já que os conciliadores que estavam na platéia deveriam estar aqui na frente e a mesa deveria ser a platéia”. 
    Depois das palavras do juiz Eduardo Haddad foi a vez da advogada Maria Cristina Alexandrowitch, professora do curso de Capacitação em Conciliação e Mediação da EPM – Escola Paulista da Magistratura – ter a palavra. Para ela, a participação ativa da comunidade, o Poder Judiciário, as partes e os advogados que as representam são fundamentais para se chegar a um acordo. A gratificação maior é cooperar para o fim do conflito. Ela ressaltou que os conciliadores muitas vezes não conseguirão chegar a um acordo para o conflito, mas terão a certeza que contribuíram para a Justiça. “O conciliador é a peça fundamental do setor que hoje se inaugura”, finalizou. 
    A cerimônia foi encerrada pelo desembargador Manoel Mattos Farias, que além de representar o presidente do TJSP é também cidadão de Itanhaém. Ele falou de sua honra em presidir a instalação de um setor que sem dúvida traz à cidade uma nova etapa para a solução de conflitos. 
    Itanhaém tem aproximadamente 86 mil habitantes, e é sede da 56ª Circunscrição Judiciária, que abriga também os municípios de Itariri, Peruíbe e Mongaguá. A juíza diretora do fórum é Helen Cristina de Melo Alexandre e tramitam atualmente (dados de março deste ano) na Justiça local pouco mais de 28 mil processos, além de 210 mil no anexo fiscal. Trabalham no fórum 120 funcionários, além de 50 estagiários, e circulam diariamente por suas dependências cerca de 350 pessoas.