Palestra discute impactos de separações litigiosas nos filhos
Realização da CIJ e EJUS.
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na sexta-feira (28), a palestra “Separações conjugais litigiosas e seus impactos nos filhos.” O objetivo foi mostrar as dinâmicas de relacionamentos cujos termos finais são dados pelo Judiciário e as consequências dessas rupturas para crianças e adolescentes.
A palestra foi ministrada pela psicóloga das Varas da Família e das Sucessões do Fórum Central do TJSP Christiane Laurito Costa e a mediação foi da juíza integrante da CIJ Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.
Em sua apresentação, Christiane Costa falou da importância da família para crianças e adolescentes, compreendida como um espaço de acolhimento formado não apenas por pai e mãe, mas por toda comunidade. De acordo com ela, “o ser humano só pode se constituir plenamente quando encontra uma morada, um espaço onde é acolhido, reconhecido e sustentado em sua singularidade”. “A família é uma rede de compromissos e de responsabilidades profundas com o outro”, afirmou.
Porém, quando um casal se separa, essa sustentação é atingida – a dinâmica é ainda mais afetada no caso de pessoas que procuram o Judiciário como forma de penalizar o outro, já que não conseguiram elaborar o fim do relacionamento. “Filhos desses casais tendem a apresentar acentuação em sintomas que podem ir desde alterações no sono e apetite, tristeza e raiva, até comportamento agressivo, sentimento de rejeição, de culpa e de solidão”, disse a psicóloga.
Para a palestrante, o ideal, nesses casos, é acolher, ouvir a criança e o adolescente, e, se possível, diminuir o sofrimento psíquico ao desjudicializar a questão. “Esse caminho de tornar a separação uma questão judicial pode, senão causar, intensificar, aprofundar e perpetuar o sofrimento”, apontou.
Ao fim do evento, a psicóloga e a mediadora agradeceram a possibilidade de compartilhar informações e responderam perguntas do público.
Comunicação Social TJSP – RM (texto) / LF (arte)
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