Conheça as práticas finalistas do 3º Prêmio #Rompa TJSP/Apamagis

Vencedores serão anunciados em 11 de dezembro.

 

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher (25/11), o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Associação Paulista de Magistrados divulgam os projetos finalistas da 3ª edição do Prêmio #Rompa TJSP/Apamagis, nas três categorias – Magistrada/Magistrado, Entidade Pública e Sociedade Civil. A premiação tem por objetivo reconhecer práticas que se destacaram no combate à violência de gênero em todo o estado no último biênio.

Ao todo, foram 70 trabalhos avaliados por 15 juradas. Os três melhores de cada categoria concorrem à premiação. Os vencedores serão conhecidos no dia 11 de dezembro, às 10h30, em solenidade no Palácio da Justiça.

Neste ano também foram selecionadas três iniciativas que receberão menções honrosas, entregues na mesma cerimônia. Na ocasião, será conferido, ainda, o Prêmio Honorário à desembargadora Maria Cristina Zucchi, primeira mulher a integrar o Órgão Especial do TJSP, cuja trajetória profissional é representativa na promoção da igualdade de gênero. A homenagem reconhece seu trabalho e o valor simbólico de sua presença como exemplo e inspiração, evidenciando a amplitude de possibilidades de atuação e liderança.

Confira as práticas finalistas em cada categoria, por ordem alfabética, e as menções honrosas:

 

CATEGORIA MAGISTRADA/MAGISTRADO

Finalistas

Clarisse me disse

Juíza Caroline Costa de Camargo – 2ª Vara de Capão Bonito

Resumo da prática: Livro infantil que ensina a reconhecer e romper ciclos de violência doméstica. Pode ser usado como ferramenta educativa por famílias, instituições de ensino e no âmbito do Poder Judiciário. Ao tratar o tema de forma lúdica e acessível, ajuda as crianças a compreenderem que a violência não se limita à agressão física, ajudando-as a identificar situações e reconhecer espaços seguros de apoio. Os adultos que participam da leitura são impactados, refletindo sobre comportamentos que não devem ser perpetuados. O livro é de fácil replicabilidade (pode ser impresso por instituições públicas e privadas) e possui conteúdo simples e linguagem objetiva, além de contar com uma página de divulgação do conteúdo nas redes sociais.

 

  Masculinidades em transformação

Juíza Gislaine de Brito Faleiros Vendramini – 1ª Vara Criminal de Votuporanga

Resumo da prática: Encontros presenciais entre homens condenados por violência doméstica com base na Lei Maria da Penha, disponibilizando espaços de escuta, reflexão e mudança de comportamento. Organizadas em formato de grupo reflexivo, as conversas são focadas na ressocialização, estimulando a consciência crítica sobre crenças e atitudes desses homens nas relações de gênero e seus impactos nas relações familiares e sociais. O projeto é uma opção para os juízes da comarca, que podem determinar o comparecimento obrigatório de autores de violência. Focado em recuperação e reeducação, o objetivo final é reduzir a taxa de reincidência.

 

  Soul Feminina

Juíza Ruth Duarte Menegatti – 3ª Vara de Adamantina

Resumo da prática: Iniciativa interdisciplinar que atua na promoção da igualdade de gênero, prevenção da violência e redução dos índices de criminalidade. Com base na Cartilha da Mulher, desenvolve ações educativas e reflexivas em diversos núcleos de atuação, abrangendo a educação, a assistência social, o sistema prisional e o hospital psiquiátrico de Adamantina. As atividades são voltadas à conscientização e transformação social, envolvendo mulheres, homens, adolescentes e crianças. Por meio de rodas de conversa, oficinas e projetos pedagógicos, busca estimular o diálogo, o respeito e a empatia, fortalecendo a cultura de paz e a valorização da dignidade humana.

 

Menção honrosa

Flor de Lis

Juíza Patrícia da Conceição Santos – Vara Única de Urupês

Resumo da prática: Promove uma atuação em rede em municípios da região para acolher e apoiar vítimas de violência doméstica, familiar, de gênero e sexual, envolvendo Judiciário, MP, OAB, Polícias, Conselho Tutelar e sociedade civil. Organiza-se em dois eixos: prevenção, com campanhas educativas e ações intensificadas nas Semanas da Justiça pela Paz em Casa; e enfrentamento, que inclui acompanhamento jurídico e psicológico das vítimas após medidas protetivas, capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho, atividades para crianças e ações voltadas ao agressor.

 

CATEGORIA ENTIDADE PÚBLICA

Finalistas

Marias da Penha

Unidade Municipal de Educação (UME) Professor Orlando Adegas – Santos

Resumo da prática: Espaço de fala e escuta, debate e reflexão voltado para mulheres do Morro da Penha, em Santos. Por meio de oficinas, palestras e vivências culturais, conduzidas por educadoras, agentes de saúde e outras profissionais convidadas, os encontros, realizados na UME Professor Orlando Adegas, abordam temas inerentes à Lei Maria da Penha, assédio no transporte público, abuso sexual de meninas e mulheres, tipos de violência, entre outros assuntos, auxiliando na quebra de paradigmas e preconceitos com mulheres de uma comunidade periférica.

 

  Para além, todo dia

Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Droga (CAPS AD) e Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência – Francisco Morato

Resumo da prática: O projeto tem enfoque no cuidado de mulheres em uso abusivo de substâncias psicoativas vítimas de violência. Por meio de encontros quinzenais, com rodas de conversa e grupos terapêuticos, proporciona um espaço de fala, escuta e compartilhamento de experiências. Atua no enfrentando a invisibilidade, descrédito e preconceito sofridos por essas mulheres, buscando a redução de dados, fortalecimento de vínculos, recuperação da autoestima e construção de novos projetos de vidas pessoais.

 

  Sistema Único de Atenção à Mulher de Mauá (SUAMM)

Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres – Mauá

Resumo da prática: Política pública municipal que nasceu da urgência de enfrentar a violência contra mulheres de forma integrada, humanizada e efetiva, articulando saúde, assistência social, segurança pública, justiça, educação, trabalho e habitação em um sistema único, com base legal e orçamento próprio. As ações incluem fortalecimento do Conselho Municipal de Direitos da Mulher; a criação da Rede Viva Maria, um centro de atendimento em várias frentes; a criação da Patrulha Maria da Penha, em articulação com as forças de segurança; e iniciativas como atendimento por Whatsapp (Zap Delas), aplicativo ANA - Botão do Pânico, entre outras campanhas.

 

Menção honrosa

Fortalecendo sua história - Grupo de Orientação Especializada

Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) – Itararé

Resumo da prática: Conduzido por equipe multiprofissional composta por psicóloga, assistente social e advogada, oferece um espaço seguro para mulheres em situação de violência, com encontros semanais que unem acolhimento, orientação, reflexão e fortalecimento, no qual as participantes possam ressignificar suas vivências, reconstruir trajetórias e desenvolver autonomia para a ruptura do ciclo de violência. A prática oferece atividades de autocuidado e promoção de estilo de vida saudável, respeitando a realidade social de cada participante e ampliando seu repertório cultural e social por meio do acesso a experiências e espaços que, sem apoio institucional, não estariam ao seu alcance.

 

CATEGORIA SOCIEDADE CIVIL

Finalistas

Apolônias do Bem

ONG Turma do Bem

Resumo da prática: Oferece, desde 2012, tratamento odontológico integral e gratuito a mulheres que vivenciaram situações de violência e tiveram a dentição afetada durante as agressões. Os tratamentos são oferecidos por meio de uma rede de dentistas voluntários que realizam todos os procedimentos, independentemente da complexidade apresentada, além de acompanhamento de uma rede de psicólogos. O programa é reconhecido pela Entidade das Nações Unidas para a igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e faz parte da campanha “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas”.

 

  Dandara de Portas Abertas

Centro Dandara de Promotoras Legais Populares

Resumo da prática: Consiste em atendimentos psicológico, advocatício, social, terapêuticos, entre outros, a mulheres em situação de violência e vulnerabilidade social. A equipe oferece acolhimento e apoio às vítimas e seus familiares, auxiliando na superação das consequências traumáticas advindas das questões sociais, da experiência de violência, contribuindo para a reconstrução da vida das vítimas e ajudando-as a lidar com o impacto emocional e psicológico da violência. Com a metodologia do Curso de Promotoras Legais Populares, também promove rodas de conversa, palestras, oficinas de arteterapia, artesanatos etc.

 

  Mapa do Acolhimento

Organização Mapa do Acolhimento

Resumo da prática: Reúne ampla rede de voluntariado estruturado do Brasil, formada por psicólogas e advogadas, com atendimento gratuito, especializado e feminista a sobreviventes de violência de gênero. Também atua no aprimoramento de serviços públicos, cooperando com governos locais, estaduais e federal para fortalecer fluxos de atendimento, protocolos de proteção, políticas públicas e a formação de profissionais da rede de enfrentamento; e no fortalecimento da sociedade civil, consolidando redes, coletivos e organizações parceiras capazes de sustentar, de forma distribuída, a capacidade de impacto, garantindo que o compromisso com o combate à violência de gênero esteja enraizado de maneira mais ampla na sociedade.

 

Menção honrosa

Autodefesa para Mulheres em Situação de Violência: Perspectivas de Autocuidado

Tainá Arouck Damasceno Maia Farrielo

Resumo da prática: Oficinas de autodefesa voltadas a mulheres em situação de violência, realizadas em articulação com a rede de proteção, buscaram abrir caminhos para a ressignificação do corpo e a reconstrução da autoestima e da autonomia. Mais do que ensinar técnicas de reação, as atividades propuseram um novo modo de perceber o corpo feminino, rompendo com estruturas culturais e históricas que o associam à fragilidade, à submissão e à vulnerabilidade. Esse conjunto de símbolos, naturalizado ao longo do tempo, alimenta o medo e a sensação de impotência. O processo incluiu uma reflexão sobre o mito da fragilidade feminina e, na etapa prática, o trabalho corporal com artes marciais e técnicas de autodefesa.

 

Comunicação Social TJSP – CA e RD (texto) / LF (arte)

imprensatj@tjsp.jus.br

 

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