Alunos da Universidade Cruzeiro do Sul utilizaram hoje (3) o salão do júri do Palácio da Justiça para a realização de mais um simulado. Cerca de 80 pessoas participaram do evento, entre alunos, familiares e professores.
        O grupo simulou o julgamento de Florinda Marques Alves que, em 1956, teria matado o marido com cinco marteladas e ficou conhecida como a 'esquartejadora da Casa Verde'. Para se livrar do corpo, com a ajuda do amante, teria esquartejado o cadáver, dividido em três malas e jogado no rio Tietê.
        Na simulação, os alunos condenaram a ré, resultado diferente do verdadeiro julgamento, onde foi absolvida com base na tese de legítima defesa, apresentada pelo advogado Paulo José da Costa Júnior.
        O evento foi organizado pelo coordenador-geral do Curso de Direito da Universidade, professor José Carlos Viana, e pelo professor de Direito Penal e coordenador-adjunto, Fernando Tadeu Marques. O juiz Gláucio Roberto Brittes Araújo, da Vara do Juizado Especial Criminal da capital, presidiu o julgamento e, de maneira didática, explicou as mudanças no rito do júri instituídas pela Lei nº 11.689/08. Ao final dos trabalhos, agradeceu o convite feito pela Cruzeiro do Sul. “É uma honra participar desse excelente trabalho. Pude perceber que os alunos estão preparados para enfrentar um julgamento real”, disse o magistrado.
        Essa foi a segunda vez que a universidade, localizada na capital paulista, promoveu um júri simulado no Palácio da Justiça. No ano passado, alunos reproduziram o julgamento do 'crime da mala', caso em que um italiano esfaqueou sua esposa e tentou embarcar no porto de Santos, mas foi descoberto e levado a júri em 1931. “Escolhemos um caso semelhante, mas dessa vez é uma mulher que está no banco dos réus”, disse o professor Marques. O principal objetivo da universidade é promover o contato dos acadêmicos com a prática jurídica.
        Também esteve presente ao evento o vice-presidente da Instituição Educacional São Miguel Paulista, entidade mantenedora da Universidade Cruzeiro do Sul, professor Gilberto Padovese.

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