O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo cedeu hoje (15) o salão do júri do Palácio da Justiça, para realização de mais um julgamento simulado. Cerca de 80 alunos vieram do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), do município de Salto, para a atividade - alguns como integrantes do julgamento e outros para assistir ao ato. Os professores da Faculdade de Direito, Fernando de Moura, Cláudio da Silva Alves e Marcos Vinicius Monteiro de Oliveira acompanharam os acadêmicos, que foram recepcionados pelo corpo de servidores do Cerimonial do Tribunal de Justiça.
        A supervisora de serviço do Museu do Tribunal de Justiça, Maria Cristina Maia de Castro deu as boas-vindas aos visitantes e ressaltou a importância do júri simulado. "É com muita satisfação que há dois anos recebemos alunos e professores. Muitas faculdades vêm de lugares distantes, por causa da importância desse plenário, no primeiro prédio construído para abrigar o Tribunal de Justiça.” Ela, também, falou sobre os aspectos culturais e históricos do prédio e recordou o primeiro júri realizado, que ficou conhecido como 'O crime da mala'. Um italiano esfaqueou sua esposa e tentou embarcar no Porto de Santos, mas foi descoberto e levado a júri em 1931. Finalizou citando o último julgamento que aconteceu no salão, em 19 de agosto de 1987. Naquela ocasião, um rapaz do bairro Vila Santa Catarina assassinou os pais e três irmãos. O rapaz ainda cumpre pena na Casa de Custódia. 
        O professor de Direito Penal Fernando de Moura agradeceu a oportunidade de estar com os acadêmicos de direito, no salão do júri e também aos alunos do 5ª ano por acreditar na sua ideia. “Obrigado pela confiança, não vou decepcioná-los”, finalizou.
        O professor de Direito Empresarial Cláudio da Silva Alves fez a abertura dos trabalhos e presidiu a sessão de julgamento. O júri simulado tratou de caso que ocorreu em 2005, no município de Sorocaba, em  que uma guarda municipal, numa perseguição de trânsito, atirou no chão, atingiu as costas de um motoqueiro e o matou.  

        Tribunal do Júri - O plenário do júri, que mede aproximadamente 230 metros quadrados, é todo revestido com lambris de madeira de lei, entalhada por artífices do Liceu de Artes e Ofícios, escola de Ramos de Azevedo. O teto, ornamentado com motivos renascentistas, tem ao centro uma claraboia com belo vitral e lustres de bronze e alabastro, que pesa cerca de meia tonelada cada. O crucifixo, em tamanho natural, foi entronizado em 2 de janeiro de 1933 por D. Guido Del Toro, na ocasião da primeira sessão do júri.  

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