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Juiz fala sobre situação carcerária de Guarulhos

        O juiz Jayme Garcia dos Santos Júnior, titular da Vara das Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios de Guarulhos, ministrou palestra hoje (4/11) no Conselho Penitenciário do Estado. 
        O Conselho Penitenciário é um órgão consultivo e fiscalizador da execução penal em todo o Estado. Emite pareceres sobre benefícios, livramento condicional, indulto e comutação da pena, além de inspecionar os estabelecimentos e serviços penais. O Órgão é composto por 30 membros conselheiros representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Procuradoria da Justiça, Ministério Público estadual e federal, Conselho Regional de Medicina e do Conselho Regional de Psicologia. 
        Atendendo a convite feito pelo Conselho Penitenciário, o magistrado falou sobre a situação carcerária na comarca de Guarulhos, uma vez que o município abriga o complexo prisional Adriano Marrey, onde estão detidos alguns dos presos mais perigosos do Estado.             
        No decorrer da palestra, o juiz apresentou fotografias tiradas durante sua inspeção no presídio Adriano Marrey e no 8º Distrito Policial que demonstram a realidade  carcerária. Ele detalhou o que encontrou durante visitas realizadas a estabelecimentos prisionais, como falta de higiene básica e grande quantidade de pessoas amontoadas num pequeno espaço.         
         Em sua explanação, lamentou que foram criadas celas em espaços que deveriam ser de empresas oferecedoras de trabalhos à comunidade carcerária. “A sociedade afastou-se da população carcerária. O preso não recebe orientação e sai do sistema prisional da mesma forma que entrou. Não há uma adaptação às normas sociais vigentes”, disse o juiz.                     
        Segundo Umberto Luiz Borges D’Urso, presidente do Conselho Penitenciário do Estado, as informações e os esclarecimentos levados pelo juiz corregedor serão encaminhados ao secretário da Administração Penitenciária em busca de soluções rápidas. “A situação é inaceitável, os problemas precisam ser solucionados no menor tempo possível”, concluiu D’Urso.


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