Tribunal de Justiça homenageia desembargador Carlos Stroppa
O Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou no último dia (12/8) o desembargador Carlos Ramos Stroppa, que se aposentou nesta quarta-feira, 13 de agosto.
A sessão da 9ª Câmara de Direito Privado, da qual o desembargador Carlos Stroppa é integrante, foi realizada extraordinariamente no Salão Ministro Costa Manso, 5º andar do Palácio da Justiça, onde ocorre às quartas-feiras a sessão do Órgão Especial do TJSP.
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, ressaltou: “Mais do que de um colega, me despeço hoje de um amigo de quatro décadas”.
Durante a solenidade, o desembargador Carlos Ramos Stroppa foi lembrado também pelos colegas desembargadores Ruy Pereira Camilo, corregedor-geral da Justiça; Antonio Carlos Munhoz Soares, vice-presidente em exercício do TJSP; Luiz Antonio Rodrigues da Silva, presidente da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça; e pelos demais integrantes da 9ª Câmara de Direito Privado, desembargadores Antonio Vilenilson Vilar Feitosa, José Luiz Gavião de Almeida, Walter Piva Rodrigues, Paulo Roberto Grava Brazil e Dácio Tadeu Viviani Nicolau.
No final de seu discurso, o presidente do TJSP, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, dirigindo-se ao homenageado, acrescentou: “Vou revelar aqui um fato, a todos os presentes – incluindo um grande brasileiro, Amyr Klink – sem a autorização de Vossa Excelência: este homem preferiu ficar no TJ. Há alguns anos, o desembargador Carlos Stroppa foi convidado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), mas achou por bem fazer sua carreira em São Paulo. Talvez em sua visão seja o Tribunal de Justiça de São Paulo a Corte que ele quis servir”.
Ao fazer uso da palavra, o desembargador Carlos Stroppa também falou da amizade com o presidente do TJ, desembargador Roberto Vallim Bellocchi, e fez agradecimentos a familiares, colegas, amigos e funcionários com quem trabalhou: “Desembargador Vallim Bellocchi, nos conhecemos há quarenta anos, mas parece que foi ontem. Cada dia tem 24 horas, mas os anos não se medem em horas. Passam muito rapidamente. Sempre o admirei muito, e ainda mais hoje, pelos gestos de Vossa Excelência, que revelam sua sensibilidade.
Quero falar também do desembargador Ruy Camilo, homem digno de ser acompanhado, seguido e de se conhecer melhor; desembargador Munhoz Soares, que aprendi a respeitar e admirar pela sua seriedade e pela seriedade com que trabalha; e do desembargador Luiz Antonio Rodrigues da Silva, presidente da Seção de Direito Privado deste Tribunal, um juiz sensível por quem tenho admiração e apreço.
Faço questão ainda de lembrar de muitos outros colegas na pessoa de dois deles: o desembargador Olavo Camargo Silveira, aposentado, e o desembargador Armindo Freire Mármora, já falecido. De ressaltar a importância dos servidores com quem trabalhei durante todos esses anos, pessoas com as quais aprendi sobre lealdade intransigentemente. Ao meu queridíssimo amigo Amyr Klink, aqui presente, a toda a minha família e demais colegas e amigos, esse é, para mim, um momento de prestação de contas. Contas que eu presto dizendo que vesti essa toga com honra e dignidade, toga que é preta, da cor da renúncia e do sacrifício.
A lealdade, desembargador presidente Roberto Vallim Bellocchi, me trouxe muitas dificuldades, mas prefiro continuar leal. Agora passo a me entregar a uma nova fase. Esse é um momento muito difícil, mas a beleza não acabou. Ela continua e pode estar em outro lugar. Muito obrigado a todos por essa homenagem e por me fazerem sentir que eu tive algum valor nesta Corte”.