Presidente do TJSP participa do Curso de Iniciação Funcional da EPM
Nos dias 4 e 5 de agosto, foram realizadas as primeiras palestras do Curso de Iniciação Funcional, promovido pela Escola Paulista da Magistratura, para os 76 juízes aprovados no 180º Concurso de Ingresso. A programação inicial foi dedicada às exposições dos juízes assessores da Presidência do Tribunal de Justiça.
A aula inaugural, presidida pelo diretor da EPM, desembargador Antonio Rulli Junior, teve a participação do desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, e dos juízes assessores da Presidência Ana Amazonas Barroso Carrieri, Guilherme de Souza Nucci, Homero Maion, Paulo Furtado de Oliveira Filho e Cláudio Augusto Pedrassi. Também estiveram presentes os desembargadores Marcus Vinicius dos Santos Andrade, Roque Antonio Mesquita de Oliveira, Walter de Almeida Guilherme, José Roberto dos Santos Bedaque e Jurandir de Sousa Oliveira; o coronel PM Fernando Pereira, presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo; os juízes Tércio Pires, Edison Aparecido Brandão, José Antonio de Paula Santos Neto; o advogado Paulo Hamilton Siqueira Junior e a responsável pela Diretoria da Magistratura, Rosana Barreira; entre outras autoridades do Judiciário paulista.
No dia 5, a organização administrativa do Judiciário paulista e os assuntos funcionais foram apresentados pelos juízes assessores da Presidência José Maria Câmara Júnior, Paulo Sérgio Brant de Carvalho Galizia, James Alberto Siano, Márcio Teixeira Laranjo e Marcelo Martins Berthe e pela secretária de Recursos Humanos do TJSP, Lilian Salvador de Paula, e pela Diretoria da Magistratura, Suzete Zocchio do Nascimento.
“Onde houver uma crise, sempre haverá um magistrado”
Durante a abertura do curso, no dia 4, o desembargador Roberto Vallim Bellocchi ressaltou que a Escola Paulista da Magistratura é o braço cultural do Tribunal de Justiça. Ele elogiou a adoção do sistema de videoconferência nos cursos da Escola, salientando que a presença física já está sendo dispensada até mesmo no processo penal. “Esse é o caminho natural no mundo. Precisamos deixar de lado os princípios clássicos e olhar a realidade, porque a utilização dessa tecnologia representa economia de recursos e de pessoal”, ponderou.
O presidente do TJSP também lembrou aos novos juízes que o cargo está acima das paixões e deve servir à sociedade, requerendo muita paciência e equilíbrio, além da presteza. “Apesar da falta de magistrados no Estado – existem 374 vagas e foram aprovados 76 – o ingresso dos senhores poderá resolver, em boa parte, os problemas da 1ª instância. Temos regiões muito pobres no Estado, abandonadas pelo Poder Público. Mas o Tribunal de Justiça não pode abandoná-las, pois, onde houver uma crise – social ou política –, sempre haverá, pelo menos, por perto, a presença de um magistrado”, ressaltou.
O desembargador Rulli Junior agradeceu o apoio do presidente do TJSP à iniciativa da Escola de utilizar a videoconferência nos cursos de aperfeiçoamento de magistrados e, a partir de agora, também na formação – pela primeira vez, o Curso de Iniciação Funcional será realizado em duas fases: presencial, durante o mês de agosto, e a distância, a partir de setembro, quando os novos juízes já terão assumido suas funções nas respectivas circunscrições judiciárias.
O diretor da EPM destacou a realização do “Curso de Aperfeiçoamento e Vitaliciamento”, em julho passado, direcionado aos juízes aprovados no 177º Concurso. O curso, oferecido de forma presencial e a distância, atendeu aos critérios da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), para os fins de vitaliciamento. “A utilização da videoconferência possibilitou alta interatividade, o que ficou demonstrado pelo grande número de perguntas recebidas, por e-mail, durante as palestras”, ressaltou.
A juíza Ana Amazonas Barroso Carrieri parabenizou os novos juízes e a iniciativa da EPM de promover o ensino a distância. Ela discorreu sobre a divisão administrativa do Tribunal de Justiça e lembrou aos ingressantes que a Presidência mantém contato diário com magistrados de todo o Estado, independentemente do tempo de carreira, visando trocar idéias e realizar a prestação jurisdicional da melhor forma possível. “Nosso objetivo é nos posicionarmos, de forma a trazer a justiça ao cidadão e melhorar a imagem que se tem do Judiciário. Tenho a certeza de que, juntos, com um apoio maior uns aos outros, conseguiremos concretizar esse trabalho, de forma cada vez melhor”, ressaltou.
A juíza também destacou a importância da humildade e da postura cordata, acrescentando que, apesar de todas as dificuldades, a carreira do magistrado é extremamente prazerosa. “De alguma maneira, lidamos com a dor alheia e com as dificuldades humanas. No início de nossa carreira, muitas vezes, vamos para uma comarca distante, onde as pessoas estão nos esperando, esperando por nossa posição e é muito gratificante ver os resultados de nossa atuação”, concluiu.