Projeto Ratione, da Comarca de São José do Rio Preto, é tema da palestra da CIJ
Promoção da cultura da paz em ambiente escolar.
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Paulista da Magistratura (EPM) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na sexta-feira (24), a palestra “Projeto Ratione nas Escolas”. A exposição foi apresentada pelo juiz Evandro Pelarin e pela psicóloga judiciária Priscila Silveira Duarte Pasqual, que conduzem o projeto na Vara da Infância e da Juventude de São José do Rio Preto, com mediação do juiz e integrante da CIJ Marcelo Nalesso Salmaso.
O magistrado Evandro Pelarin destacou que o Projeto Ratione nasceu da necessidade de oferecer uma resposta preventiva aos conflitos escolares, atuando antes da judicialização de comportamentos típicos da adolescência. Ele explicou que o trabalho é desenvolvido com o apoio de profissionais e estudantes voluntários que realizam as atividades. “Uma das riquezas do Ratione é reconhecer a vocação de cada escola, pois cada uma tem sua própria identidade, influenciada pelo bairro, pelas famílias e pela comunidade em que está inserida”, afirmou.
A psicóloga Priscila Silveira Duarte Pasqual explicou que o Ratione surgiu há cinco anos, a partir do Núcleo de Avaliação Psicológica da Vara da Infância e Juventude da Comarca, com objetivo de atuar de maneira técnica e preventiva. “Trabalhamos na perspectiva de não criminalização da adolescência, entendendo que muitos comportamentos transgressores são esperados nessa fase e podem ser trabalhados antes que se tornem problemas judiciais”, explicou.
A profissional ressaltou que o projeto já se consolidou como um programa de convivência escolar voltado à promoção da cultura da paz e da harmonia nas escolas e apresentou os eixos de atuação do Ratione, baseados em três pilares: saúde e bem-estar, desenvolvimento e sustentabilidade. “Promovemos atividades que fortalecem a saúde física, mental e emocional de alunos e professores, incentivam o desenvolvimento pessoal e profissional e estimulam práticas sustentáveis dentro das escolas”, concluiu a psicóloga.
Por fim, o juiz Evandro Pelarin reforçou o papel essencial da escola como espaço de proteção e cidadania. “Historicamente, a escola nasceu para proteger a criança e o adolescente. Nós precisamos valorizá-la e trazê-la conosco na comunidade como um espaço sagrado não só de cultura e conhecimento, mas de proteção”. O projeto já alcançou diversas escolas estaduais de São José do Rio Preto, consolidando-se como uma referência na promoção da convivência pacífica e do desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.
Comunicação Social TJSP – BL (texto) / KS (reprodução e arte)
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