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CIJ promove evento “Agosto Verde: mês da primeira infância”

Palestras e divulgação de e-book e portfólio.

A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo, por intermédio do Núcleo de Interlocução para Políticas em Primeira Infância (Nippi), realizaram, na segunda (25) e sexta-feira (29), o evento “Agosto Verde: mês da primeira infância”, que trouxe um ciclo de palestras voltadas à conscientização do Estado, famílias e sociedade quanto à importância dessa fase da vida, que vai no nascimento até os seis anos.

Música, arte, e-book e foco na escuta ativa

O primeiro dia (25) foi mediado pela coordenadora da CIJ, desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, e teve como tema “Fazer o futuro sorrir: o que as crianças têm a nos dizer? Promovendo a escuta e participação de crianças por meio da música”. As exposições foram ministradas pelas juízas Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman e Maria de Fátima Pereira da Costa e Silva e pela assistente social Fabiana Aparecida de Carvalho, que discutiram sobre a escuta sensível e a valorização da primeira infância.

  A desembargadora Gilda Alves Barbosa Diodatti destacou a importância da campanha “Fazer o futuro sorrir”, desenvolvida pelo TJSP, que utiliza a arte como ferramenta de expressão e conscientização sobre os direitos das crianças por meio do projeto “Rap da Primeira Infância”.  “Através da linguagem artística e acessível do rap, as famílias, a sociedade, o Estado são convidados a fazer a diferença pelas nossas crianças. Hoje nós teremos a oportunidade de ouvi-las por meio de suas manifestações artísticas, que nos contarão o que para elas representa fazer o futuro sorrir”, afirmou.

  Na sequência, a juíza Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman, condutora dos trabalhos do Nippi, falou sobre o processo de elaboração e produção do Rap da Primeira Infância e apresentou o e-book “Fazer o futuro sorrir”, composto por produções artísticas de crianças acolhidas que se inspiraram no rap para a efetiva prática do projeto. A magistrada também destacou a importância da escuta ativa de forma lúdica. “Exercer a escuta ativa exige sabedoria e responsividade. Quando conseguimos fazer isso, temos a oportunidade de ver as crianças na sua inteireza, porque elas se sentem valorizadas e isso desenvolve sua responsabilidade e autoestima”, destacou. 

  A juíza Maria de Fátima Pereira da Costa e Silva compartilhou como foi a mobilização junto aos serviços de acolhimento para construção do material artístico que compõe o e-book. Segundo ela, “foram realizadas rodas de conversa, com a música e escuta ativa para permitir que as crianças se expressassem de forma genuína”. A magistrada reforçou que a primeira infância “é um momento importantíssimo que precisa ser vivido na prática”, destacando a arte como ferramenta legítima para expressão das realidades e sentimentos.

  Encerrando as exposições, a assistente social Fabiana Aparecida de Carvalho analisou os trabalhos produzidos, relacionando arte e desenvolvimento humano. Para ela, a arte permite dar materialidade à subjetividade das crianças e provocar reflexão sobre a corresponsabilidade da sociedade em seu desenvolvimento. “A arte pode ser instrumento de humanização em uma sociedade tão desumanizada. As produções que dessas crianças nos fazem refletir sobre as contradições da sociedade, mas também sobre as possibilidades de melhora no futuro”.

Divulgação de portfólio e discussão de trabalho em rede

O segundo dia do evento (29) foi marcado por reflexões importantes sobre as políticas públicas voltadas para crianças até seis anos e a articulação em rede entre os serviços que as atendem.  A juíza integrante do Nippi Heloisa Helena Franchi Nogueira Lucas, que mediou o encontro, ressaltou a relevância da Lei nº 14.617/23, que instituiu agosto como o mês da primeira infância e de conscientização sobre a atenção integral ao tema. A magistrada também destacou a importância do Portfólio de Políticas Públicas da Primeira Infância, lançado nesta ocasião, que servirá como um “instrumento de consulta em arquivo dinâmico que facilitará o acesso e a compreensão dos serviços disponíveis para incentivar gestores e atores da rede a se inspirarem e fortalecerem a proteção integral das crianças”.

A assistente social Alberta Emília Dolores de Goes apresentou o portfólio aos presentes, ressaltando que o material não pretende ser uma enciclopédia, mas um guia prático. “Foi construído por muitas mãos, com muitos corações, mas nada disso tem sentido se as pessoas não estiverem articuladas em rede”, enfatizou a profissional, destacando a importância da cooperação entre diferentes setores para garantir uma rede efetiva de proteção às crianças, gestantes e famílias.

Encerrando as atividades do dia, a assistente social Abigail Silvestre Torres fez uma análise sobre a articulação em rede diante da complexidade das demandas da primeira infância, sendo o esforço coletivo essencial para ampliar a efetividade das políticas públicas. Ela reforçou que a rede deve ser um espaço de diálogo e mudança.  “O propósito da rede não é repetir o que já fazemos, mas gerar transformação, algo que depende da nossa capacidade de assumir responsabilidades e cultivar o diálogo”, pontuou.

Comunicação Social TJSP – BL (texto) / LC (reprodução e arte)

imprensatj@tjsp.jus.br

 

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