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Servidores do Tribunal de Justiça se destacam no mundo dos livros

        Nesse espaço, com esse singelo texto, a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo cumprimenta os servidores pelo "Dia do Funcionário Público" comemorado no último dia 28 e agradece a todos pelos serviços dedicados ao Poder Judiciário para que os jurisdicionados tenham seus anseios mais prontamente atendidos.         

        Em 29 de outubro se comemora no Brasil o Dia Nacional do Livro. A data representa uma homenagem ao dia em que foi fundada a Biblioteca Nacional, no ano de 1810, resultante da transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o Brasil. A Biblioteca surgiu com um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, dentre outras. Hoje, ela é a maior da América Latina.

 

        O Brasil passou a editar livros a partir de 1808, com a chegada da Família Real. D. João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga. Aproveitando essa data, o Tribunal de Justiça de São Paulo homenageia alguns dos seus funcionários, que contribuem com a leitura voltada a diversos temas que mexem com o estômago, coração, intelecto, reflexão e prazer.

 

        Entre os  mais de 40 mil servidores do Judiciário paulista, sabemos que existem escritores, poetas, autores de grandes obras, muita gente ligada à cultura e à literatura. Falaremos de alguns e, dessa forma, a Presidência do TJSP homenageia a todos os outros. Vamos abordar alguns servidores que nos levam à viagem por meio da leitura. São eles: Ana Paula Silva, Daniela Minetto, Maik Rene Lima, Maria Aparecida Vilas Verdes das Neves, Paulo César Vasconcelos e Pedro Monteiro de Carvalho.

        Ana Paula Silva -
Ana Paula é paulistana, mãe de Maria Júlia, filha de José Pereira da Silva e Maria Carmem Pereira, nascidos em Águas Belas – Pernambuco, que vieram para São Paulo fugindo da seca. O pai caminhoneiro e a mãe dona de casa, tiveram pouca chance para estudar, mas tinham consciência que por meio dos estudos poderiam propiciar um futuro melhor para os filhos, Ana e Alexandre Pereira da Silva.

        Desde pequena, Ana Paula, incentivada por dona Maria Carmem, cresceu acreditando que estudar e aprender era fundamental na vida do ser humano. Ela precisava ingressar numa faculdade pública porque não tinha condições em pagar a particular. Não tinha noção do que era um vestibular, muito menos quais eram as universidades públicas.

        Ana Paula e sua amiga Cibele começaram a fazer simulados, mesmo sem orientação específica de professores. Em 1994, foi aprovada no vestibular de Letras da Universidade de São Paulo (USP). A batalha ainda não tinha terminado. Acostumada com o ritmo do colégio, teve que se empenhar muito porque tinha que estudar literatura não só em língua vernácula, mas também em língua espanhola. As aulas eram nesse idioma e os trabalhos também deveriam ser entregues na língua espanhola.

        A batalha foi vencida. Além do bacharelado em Letras – Espanhol/Português, cursou as disciplinas de Licenciatura, nas duas áreas. Formou-se bacharel e foi licenciada em Letras no ano de 2000. O incentivo de dona Carmem rendeu também ao seu irmão a formação em Matemática pelo IME-USP.

        No início de 2009, Ana Paula ingressou no TJSP como escrevente e, no fim do primeiro semestre, terminou de escrever a sua dissertação.

        Na defesa do trabalho, foi aprovada com distinção e recomendou-se a publicação dos três últimos capítulos. O material foi revisado e entregue ao orientador Mario Miguel Gonçález que pleiteou auxílio à publicação a Fapesp. Neste ano, a obra foi publicada pela editora Humanitas: Morte, Vida, Persuasão e Poesia – A composição do elogio fúnebre em Don Luis de Góngora e Gregório de Matos. Portanto, resultado da pesquisa de uma dissertação de mestrado também concretizado na USP.

        A obra é fruto de estudo comparativo entre três pares de sonetos do poeta espanhol Don Luís de Góngora e o poeta Gregório de Matos, cujo denominador comum foi o tratamento do tema amplo da morte. 

        Recusando-se a crítica que tratou de descrever, em vários sentidos, Gregório de Matos como mero plagiador do mestre espanhol, buscou demonstrar o funcionamento das regras das retóricas e poéticas clássicas e quinhentistas a fim de corroborar que o poeta brasileiro não só obedece às regras da composição do elogio fúnebre, como se submete a uma das regras fundamentais para a composição do discurso vigente no momento no qual está inserido.

        Daniela Minetto - A servidora Daniela tem escrito em sua vida grandes perdas precoces, como seu pai, que faleceu quando era uma criança de 11 anos e seu esposo com apenas quatro anos de união. Começou a namorar Eduardo aos 21 anos e aos 26 anos se casaram, mas não tiveram filhos. Ela precisou refazer projetos e passar por uma transição de vida de casada para vida de solteira de uma hora para outra.

        A servidora Daniela tem escrito em sua vida grandes perdas precoces, como seu pai, que faleceu quando era uma criança de 11 anos e seu esposo com apenas quatro anos de união. Começou a namorar Eduardo aos 21 anos e aos 26 anos se casaram, mas não tiveram filhos. Ela precisou refazer projetos e passar por uma transição de vida de casada para vida de solteira de uma hora para outra.

        Dani é a caçula de três filhas da dona Aparecida Minetto de Freitas e José Armando de Freitas. O quarteto feminino formado por ela, pela mãe e pelas irmãs Liana Maria e Andrêa compõem um verdadeiro time. “Elas são a minha base de vida e minhas companheiras. Adoro viajar, praticar esportes, ler e dançar.”

        Conforme Dani foi refazendo sua vida e conhecendo pessoas, percebeu o quanto homens e mulheres – independentemente de suas histórias – sentiam-se vazios, tinham medos, erravam e acertavam nas escolhas. Passou então a escrever sobre suas experiências próprias e as experiências de seus amigos e amigas.

        Neste ano, após sete anos de viuvez, lançou o livro Manual do Coração para Mulheres que fala sobre os sinais que os homens dão quando estão a fim ou não das mulheres; fala sobre as mulheres se amarem antes de tudo; sobre o que e quem escolhemos para nossa vida e que existem "caras incríveis" para amar, bastando apenas as mulheres seguirem as regras do manual.

        Consta no livro, um capítulo em que a autora relata sua história e suas escolhas para superar a fase de luto, mesmo apaixonada pelo marido, já que teve o casamento rompido pela morte.

        No prefácio, ela homenageou seu pai que escrevia muitas poesias e transcreveu uma delas deixada por ele no seu caderno de recordações. O pai dizia que escreveria um livro, mas a morte precoce também o privou da realização desse sonho. A poesia diz: “Daniela o significado da vida nada mais é que uma partitura musical composta e regida por nós, na simplicidade única de sete notas”. Ele descreveu nota por nota levando à reflexão do nosso ser e finalizou dizendo: “Daniela, componha o musical de sua vida e seja regente de seu destino. Que seja uma música suave, de alegres e simples notas, sem sons estridentes e sem desarmonia nos arranjos. É o meu desejo, em forma de prece, que rezo no altar de minha sinceridade”. E assinou... Teu pai.

        A paixão pela escrita vem desde criança, Dani sempre gostou de escrever e brincar com as palavras. No colégio sempre criava textos misturando letras de músicas e poemas com os amigos saindo sempre um resultado engraçado.

        Sua vida na Justiça paulista teve início com seu ingresso no extinto 2º Tribunal de Alçada Civil, em 1998, como escrevente técnico judiciário. Hoje ela trabalha no Núcleo de Planejamento e Gestão do TJSP.

        Maik Rene Lima - 
É um paulistano de 34 anos, jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero em 1999, tradicional escola de jornalismo do País. Trabalhou um ano e meio como redator da Folha de S.Paulo e repórter free-lancer de um pequeno jornal da área jurídica por alguns meses, antes de entrar no 2º Tribunal de Alçada Civil em junho de 2002. Casado com Cláudia e pai de Mariana, é filho de Antonio Alves de Lima e Altair Aparecida Lemos de Lima e tem mais um irmão, Alex.

        Maik Rene possui duas obras lançadas. A primeira, escrita em colaboração com outras pessoas, Pequenas Grandes Histórias do São Paulo Futebol Clube - Fatos, Feitos e Fábulas, surgiu da ideia do então presidente do SPFC Bastos Neto de escrever um livro de memórias do clube.

        Ele recebeu o convite para tocar o projeto de seu amigo Carlos Bortole, à época na assessoria de comunicação social do São Paulo. Entrevistou ex-jogadores, dirigentes e personalidades ligadas ao Tricolor. O livro foi lançado no estádio do Morumbi no início do ano 2000.

        O segundo projeto, Nada Mais que a Verdade - A Extraordinária História do Jornal Notícias Populares, surgiu do trabalho de conclusão de curso (TCC) de jornalismo. Feito a oito mãos, com Celso de Campos Jr., Denis Moreira e Giancarlo Lepiani, foi o primeiro título do editor Carlos Carrenho, dono da Carrenho Editorial. O livro teve lançamento no Bar Brahma em abril de 2002 (quase dois anos após o fechamento do periódico) e foi um sucesso – mais de dois mil exemplares vendidos.

        Para a concretização do projeto, muitas pessoas foram entrevistadas: editores do NP e profissionais que trabalharam na redação do jornal desde 1963, ano de seu lançamento por um romeno que fugiu da prisão na Sibéria para se aliar a um dos maiores capitalistas do Brasil à época, o empresário Herbert Levy. O prefácio foi assinado por Marcelo Coelho, colunista e membro do Conselho Editorial do jornal Folha de S.Paulo e um dos maiores intelectuais em atividade no País. Em janeiro de 2002, uma edição revisada foi lançada pela Summus Editorial, com nova proposta gráfica. A ideia de fazer um trabalho de conclusão de curso sobre o NP surgiu da leitura diária que os autores faziam do jornal, na biblioteca da faculdade. “Chegávamos à atendente e pedíamos o ‘sangrento’ e éramos prontamente atendidos, para o nosso deleite”, afirma Maik. O autor ressalta que um novo projeto está sendo pensado, ainda em fase embrionária, sem data para acontecer. Atualmente integra o quadro de jornalistas que compõem o Gabinete de Comunicação Social do Tribunal de Justiça.

        Maria Aparecida Vilas Verdes das Neves - Maria Morena ou Cida Verde também são nomes carinhosamente atendidos por ela. Cida nasceu em São Paulo, filha de Augusto Manoel das Neves e Etelvina Vilas Verdes das Neves, ambos baianos. É divorciada e mãe de dois filhos: Karoline Vilas Verdes Ribeiro e Guilherme Vilas Verdes Ribeiro. Assistente social formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cida Verde iniciou sua carreira no TJSP, em 1989. Era a assistente contratada e trabalhava na Vara da Infância em Itapecerica da Serra. Prestou concurso e foi nomeada para o Fórum de Embu das Artes, depois pediu transferência par Santo Amaro, por ser mais próximo da sua residência.

        Nesse fórum trabalhou por 14 anos e pediu relotação para o Serviço Psicossocial da Licença Saúde de servidores, uma vez que tinha muita vontade de conhecer esse trabalho. Entretanto, sempre tinha em mente que queria se aposentar onde tudo começou, ou seja numa Vara da Infância, e foi então para o Foro Regional de Pinheiros onde se aposentará no próximo ano. Ela atua também nas Varas de Família do mesmo fórum.

        Sua história de vida encanta. Começou a trabalhar em casa de família ainda criança, com dez anos. Sua família era humilde e numerosa. Ao todo, dez irmãos, sendo oito mulheres e dois homens. Cada um a seu tempo, trabalhava para contribuir com o sustento da família. Cida trabalhou também em feiras livres, lojas de móveis, fábricas e como caixa em dois bancos. Seu pai era faxineiro de um grande mercado e a mãe passava roupas para fora, “mas nos educaram dentro de princípios éticos e morais; todos nós sempre estudamos em escola pública”, declara.

        Nesses mais de 20 anos que trabalha no TJSP, Cida já viveu fatos que a marcaram muito.  Um deles foi realizar a busca e apreensão de uma criança que ficou reclusa em um quarto por seis anos; tinha 12 anos de idade e pesava apenas 19 quilos e hoje está com 24 anos e vive muito bem. Outro caso foi o acolhimento de um menino apelidado por seus guardiões e agressores de 'Joãozinho Alicate', pois o agrediam com esta ferramenta para castigá-lo. Seu corpo tinha inúmeras cicatrizes, mas felizmente ele foi entregue para adoção.

        Cida contou ainda um caso pitoresco: foram fazer uma busca e apreensão de duas meninas (5 e 7 anos), que não possuíam registro de nascimento. Na entrevista com a assistente, o pai disse que registraria as crianças com os nomes de Lua Nova – porque nasceu nessa fase da lua – e a outra Velaida Aleluia – porque gostava desse nome. Cida orientou que não poderia dar a elas os nomes e perguntou às meninas quais eram os nomes que queriam ter. Assim, foi feito. As próprias crianças escolheram seus nomes que não eram nada esdrúxulos.

        Para ela, ser assistente social no TJSP significa trabalhar pela proteção de vidas. “Foi com as lições do cotidiano das Varas da Infância e da Juventude do Tribunal que aprendi a cuidar e educar meus filhos para que se tornassem cidadãos. Aprendi a valorizar cada momento de minha vida e a reconhecer o tamanho da responsabilidade que é emitir um parecer social num processo”, assegura. O trabalho para Cida significa um enorme aprendizado que a acompanhará por toda a sua vida, “sinto-me honrada em fazer parte deste Tribunal. Sou muito feliz nessa profissão e estou certa de que tenho feito um bom trabalho no decorrer de minha carreira”.

        Tribunal à parte, vamos conhecer da amante da cozinha, da patrocinadora de um dos sete pecados capitais – a gula. O amor pela cozinha teve raízes em sua família. Aprendeu com sua saudosa mãe que tinha enorme prazer em receber visitas, tendo a culinária baiana sempre presente. A preferência por temperos, peixes e aves frescos, era um diferencial em sua mesa. Para dar mais qualidade a esse prazer (o de receber bem), decidiu aos 50 anos, que cursaria Gastronomia e o assim fez. Formou-se em Gastronomia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). A nota do Trabalho de Conclusão de Curso não poderia ser diferente: dez. O trabalho resultou no livro A Cozinha de Maria Morena – Sabores da Bahia, que será publicado em 2013. Nesse mesmo ano, ao se despedir do TJSP, pretende viajar à França para aprimorar na arte de bem-servir. Ela conclui deixando um recado: “Acredito que a força de vontade supera nossas dificuldades”.

        Paulo César Vasconcelos - 
O cearense Paulo César Vasconcelos, 42 anos, casado há 17 anos com Raquel Moura da Silva, também servidora do TJSP, é pai de José Carlos Moura Vasconcelos. Seus pais José Airto Vasconcelos e Teresinha de Jesus Meneses tiveram três filhos além de Paulo: Pedro, Carlos e Júlio.

        Ele morou no Estado do Piauí por 17 anos e veio para São Paulo, em agosto 1994. Foi servidor da Prefeitura de Diadema e, em 1996, ingressou no TJSP no cargo de agente de fiscalização judiciário, onde se encontra até hoje. Paulo César enfatiza que “trabalhar no TJSP é um grande prazer e uma honra. Ser servidor público é uma vocação e acho que me encontrei nessa atividade. Tenho feito tantos amigos nesta casa e tenho acumulado tantas experiências e histórias nas varias atividades que executei aqui, que não acho motivos para dizer diferente".

        Leitor assíduo, está apreciando José Saramago. Leu o “Ensaio sobre a Cegueira”, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” e atualmente está lendo “As Intermitências da Morte”. A sua participação como autor está no livro da coleção ADRs, organizada por Ada Pellegrini Grinnover e o professor Kazuo Watanabe. Trata-se de obra literária do setor jurídico com o tema da Mediação. A obra intitulada Mediação no Judiciário, Desafios e Reflexões sobre uma Experiência conta como foi implantado o setor de mediação no Foro Regional de Santo Amaro.

        A participação de Paulo César se encontra em nove páginas, que contém um trabalho escrito em 2007, sobre a criação de um setor de atendimento ao público que facilitasse o atendimento da população mais carente, que procura a fiscalização. “Muitas vezes, com demandas simples e que nem sempre possue um acolhimento à altura das necessidades ou com a dignidade necessária e merecida. O meu trabalho foi intitulado Fórum Fácil.”

        O convite para participar da obra foi feito pelas organizadoras Ana, Silvana e Lúcia, mediadoras e pioneiras na implantação do setor em Santo Amaro. Há, ainda, participação de outros funcionários desse fórum na referida obra. São eles o supervisor da administração, Marcelo Costa, as assistentes sociais e psicólogas do setor de Varas de Família e a magistrada da 5ª Vara de Família, Lídia Maria Andrade Conceição. Todos relatam suas experiências e participação nessa empreitada de implantação do setor e abordam assuntos inerentes aos seus ofícios.

        Paulo César lança algumas frases que foram ditas a ele em momentos especiais e que gostaria de registrar: “Durante o dia trabalho como se tudo dependesse de mim e à noite oro como se tudo dependesse de Deus” (Henry Ford). A segunda frase ele ressalta é a que sua esposa sempre diz: “A linguagem é uma fonte de maus entendidos” (Saint Exupérry).

        Pedro Monteiro de Carvalho - 
Filho de Raimundo Monteiro de Carvalho e Maria Verônica de Carvalho, casado com Georgina Maria de Oliveira é pai de dois filhos: Pedro Paulo e André. O piauiense de Campo Maior, ingressou em 1996 no TJSP com gente de serviços judiciário, exercendo atualmente a função administrativa de requisição de material, cotação de preços, compras e controle de mercadorias.

        Chegou em São Paulo com 17 anos e foi ser vendedor ambulante, até os 18, quando foi dispensado do serviço militar. Após esse período, entrou no Senac para fazer o curso de garçom e se iniciou no ramo em um hotel, na cidade de Campos do Jordão, depois em Embu das Artes e, em seguida, na capital. Fez também cursos de Mâitre D’Hotel e de Administração de Restaurantes comerciais também pelo Senac.

        Foi para o funcionalismo público para dar adeus ao trabalho em dois turnos e ter os finais de semana e feriados livres para melhorar seus estudos, participar de eventos culturais, sua grande paixão. Ele afirma se sentir realizado no TJSP, pois tem possibilitado conquistas de outros espaços, como complemento cultural,  seja no teatro ou no campo da escrita. "Tenho contato com pessoas dos mais diferentes níveis e posições intelectuais e sociais."

        A entrada no mundo literário aconteceu naturalmente. Ele fazia um curso de direção teatral e a diretora teatral Bernadeth Alves pediu aos alunos que fizessem uma pesquisa sobre linguagem. Ele foi escalado para pesquisar a Literatura de Cordel. Visitou uma feira de cultura popular no Anhembi e encontrou poetas expondo seus livros e folhetos. Por meio desse contato, ficou interessado em conhecer melhor esse universo. “Curioso o destino, é que esses poetas são hoje meus grandes amigos. São eles: Varneci Nascimento, poeta e coordenador editorial da Editora Luzeiro e o poeta, editor, pesquisador e folclorista Marco Haurélio.” Além de apreciador, é divulgador do cordel, do teatro e de outras formas de expressão da arte e cultura popular. Atuou como ator nas peças “Saúde! Salve-se quem puder” e em “Danação”, entre outras. “Sou integrante da Caravana do Cordel e presido o ILGB – Instituto Leandro Gomes de Barros, atuante em criação e divulgação da arte e cultura popular.”

        Os trabalhos são inúmeros. “Tenho publicado folhetos resultantes de oficinas, realizadas em diversas escolas, e pela Editora Luzeiro os cordéis: Chicó, o menino das cem mentiras, triunfo do poeta no Reino do cafundó e pela Editora Tupynanquim, João Grilo, um presepeiro no Palácio, texto que integra também, a “Antologia do cordel brasileiro”, com 256 páginas, organizada por Marco Haurélio e publicada pela Global Editora.

        Projeto Jus_Social – Esse texto faz parte do Projeto Jus_Social, implementado em março de 2011. Consiste na publicação no site do TJSP, sempre no primeiro minuto do primeiro dia de cada mês, de um texto diferente do padrão técnico-jurídico-institucional. São histórias de vida, habilidades, curiosidades, exemplos de experiências que pautam as notícias publicadas sobre aqueles que – de alguma forma – realizam atividades que se destacam entre os servidores ou magistrados. Pode ser no esporte, campanhas sociais, no trabalho diário, enfim, qualquer atividade ou ação que o diferencie. Com isso, anônimos ganham vida e são apresentados. Com o projeto “Jus_Social”, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo foi o ganhador do X Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012, na categoria Endomarketing.
 
        NR: Participe. Envie sugestões de pauta sobre magistrados e servidores do Poder Judiciário para o e-mail da Comunicação Social.

 

        Comunicação Social TJSP – LV (texto) / GD e DS (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br


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