Coronavírus: Governo de São Paulo esclarece dúvidas e amplia enfrentamento ao coronavírus
Equipe do TJSP acompanhou coletiva no Palácio do Governo.
O Governo do Estado de São Paulo realizou, hoje (12), entrevista coletiva para falar sobre as ações de enfrentamento do coronavírus (Covid-19). O governador João Doria destacou que até o momento não há nenhuma razão para pânico ou a tomada de medidas extremas – são 46 casos de pessoas infectadas no Estado, 44 delas na cidade de São Paulo. “Posicionamentos de enfrentamento do vírus serão apresentados, como a disponibilização de mil leitos de UTI no Estado de São Paulo, a compra de novos equipamentos e a solicitação de investimentos e custeio ao governo federal”, afirmou o governador. Também prestaram informações na coletiva o prefeito Bruno Covas; o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann; e o coordenador do Centro de Contingência do Covid-19, Davi Uip.
Confira algumas informações divulgadas hoje:
- As ações do Governo são baseadas em cenários possíveis, baseados em outras pandemias, em países que já enfrentaram o coronavírus e na ciência.
- Na base do enfrentamento da doença estão ações de prevenção, campanhas e tratamento de casos graves.
- De acordo com os cenários trabalhados pelos especialistas, entre 1% e 10% da população do chamado grupo de risco (acima dos 60 anos) precisará de tratamento em hospital. Daí a necessidade da abertura de mil leitos (600 na Capital), conforme anunciado pelo governador. Os demais infectados não precisarão de tratamento hospitalar.
- A gestão dos leitos também foi abordada pelo infectologista Davi Uip. Ele informou que São Paulo tem 101 hospitais estaduais e, somados aos de rede privada e de benevolência, são 100 mil leitos e 7.200 leitos de UTI. “80% dos infectados serão assintomáticos e não precisarão recorrer ao sistema de saúde. Dos 20% restantes, uma porcentagem menor carecerá de internação e uma menor ainda de UTI.”
- Davi Uip ressaltou que o Estado está pronto para qualquer nível de enfrentamento em qualquer cenário da Covid-19
- Se necessário, o governo orientará hospitais públicos e privados a diminuir ou parar com as cirurgias eletivas, para que haja disponibilidade de leitos.
- A Secretaria da Saúde anunciou que está comprando 20 mil kits de diagnóstico do Covid-19.
- Serão adquiridos pelo governo 200 novos equipamentos respiratórios, além dos já existentes em UTIs, 5 milhões de máscaras descartáveis, 15 milhões de luvas e 48 mil litros de álcool gel.
- O Instituto Butantan já liberou os primeiros lotes da vacina de gripe – a campanha em São Paulo começa no dia 23 de março – e recomendou a proteção de pacientes mais vulneráveis. A vacina não cobre o coronavírus, mas auxilia no diagnóstico correto.
- Os pacientes considerados vulneráveis são aqueles com mais de 60 anos, que têm doenças crônicas como cardiopatas, nefropatas, diabéticos e indivíduos imunodeprimidos em tratamento oncológico.
- No momento não há nenhuma recomendação para cancelamento de eventos no Estado, mas pessoas com mais de 60 anos devem evitar locais com aglomeração.
- 10 mil folders com informações sobre do coronavírus, sintomas e prevenção serão distribuídos nos fóruns.
- O secretário de Saúde, José Henrique Germann, se reunirá com o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, para solicitar R$ 250 milhões à União. “A solicitação não é só medida de atenção imediata, mas também de prevenção. É justo e é correto que o estado que tem mais vulnerabilidade, São Paulo, tenha esse recurso disponibilizado rapidamente para essa finalidade”, afirmou o governador João Doria.
- Há um trabalho integrado da Prefeitura e do Estado para avaliar a situação e a adoção de novas medidas, se necessário. “Todas as ações são coordenadas com tranquilidade e transparência”, disse o prefeito Bruno Covas.
Veja a notícia no site do Governo de São Paulo.
Comunicação Social TJSP – AA (texto) / PS (fotos)
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