Parreira – O lado intelectual de um servidor do Judiciário paulista
O projeto Jus_Social retrata, mensalmente, servidores e magistrados que se fazem notar além do trabalho realizado no Poder Judiciário. Neste mês, chegou a vez de Claudio Parreira, servidor do Fórum João Mendes Júnior, escritor que se destaca pelo amor irremediável às letras e a prolífica produção literária.
Natural de São Paulo, Parreira é marido de Laura Furlan Parreira, pai de Marianna Parreira, filho de Antonio G. da Silva e Marianna Parreira da Silva e preza por um bom sono nas horas vagas, sem prejuízo de visitas a museus, muita leitura e escrever, claro.
Trajetória – Claudio Parreira ingressou no Judiciário em 1992, no extinto 2º Tribunal de Alçada Civil, e passou a integrar o quadro de funcionários do TJSP em 2005. Desde tenra idade, Parreira gostava muito do trabalho de cartunistas e chargistas em jornais e revistas. Tentou durante algum tempo desenhar, mas logo percebeu que não tinha aptidão em tal seara. Aos 15 anos, surgiu o interesse pela poesia, gosto que cultiva ainda hoje, apesar não exercer a prática poética com regularidade profissional. Aos 20, teve o seu primeiro conto publicado em jornal e desde então se dedica à prosa.
No ano de 1996, após ter sido recusado por diversas editoras brasileiras, garantiu, no exterior, sua primeira conquista literária, especificamente na Áustria, onde recebeu menção honrosa pelo conto O Jardim de Esperanças (Der Garten Der Hoffnungen), da Revista de Assuntos Latino-Americanos XICOATL.
Mas Parreira se enganou ao pensar que as portas para o reconhecimento literário estariam, enfim, abertas aqui. Somente em 2007 é que conseguiu uma pequena vitória em terras nacionais, ao ganhar o ‘1º Concurso de Contos’ da revista Piauí. Foi um acontecimento alvissareiro. O escritor passou a colaborar na revista Bundas, no jornal O Pasquim 21 e em publicações eletrônicas, como a Caros Amigos on-line e a Agência Carta Maior, entre outros veículos. Teve alguns contos incluídos em pelo menos sete coletâneas e, por fim, publicou Gabriel, seu primeiro romance, livro anarcofilosófico ainda hoje procurado.
Lançamento de obra – Quem quiser conhecer mais o artista-servidor poderá conferir, na próxima quarta-feira (3), o lançamento de Delirium, livro de contos, num modesto, porém, honesto evento na Casa das Rosas, em São Paulo.
Nas palavras do escritor, o livro "é uma armadilha: repleto de seres imaginários, situações absurdas, paisagens e cidades inventadas. Mas as aparências, como sempre, enganam: os contos se sucedem em clima de sonho, por vezes até de pesadelo, e conduzem o leitor para o incerto terreno da fantasia. E é justamente aqui que as coisas mudam de lugar: por mais fantásticos que sejam os temas, o ‘delirium’ a que se refere o título se instala mesmo é na linguagem. Criatividade, ousadia e provocação. Tudo o que você espera. E muito mais". Isso está somente na capa do livro. Imagine o conteúdo da obra em que Parreira teceu o fruto de sua mente fértil...
Projeto Jus_Social – Este texto faz parte do Projeto Jus_Social, implementado em março de 2011. Consiste na publicação no site do TJSP, sempre no primeiro minuto do primeiro dia de cada mês, de um texto diferente do padrão técnico-jurídico-institucional. São histórias de vida, habilidades, curiosidades, exemplos de experiências que pautam as notícias publicadas sobre aqueles que, de alguma forma, realizam atividades que se destacam entre servidores ou magistrados. Pode ser no esporte, em campanhas sociais, no trabalho diário, enfim qualquer atividade ou ação que os diferencie. Com isso, anônimos ganham vida e são apresentados. Com o projeto "Jus_Social", o Tribunal de Justiça de São Paulo ganhou o X Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012 (categoria Endomarketing).
Comunicação Social TJSP – LV (texto) / CP (fotos) / MC (arte)
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