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SAS promove seminário sobre combate ao tabagismo

         Muitos fumantes tentam vencer o vício sozinhos, mas a maioria não consegue por apresentar sintomas de abstinência e precisa de apoio para vencer a dependência. Pensando nisso, a Secretaria da Área da Saúde (SAS) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu nesta sexta-feira (29), em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, um seminário sobre o combate ao tabagismo. O evento, que aconteceu no Gade 23 de Maio, prédio que abriga os gabinetes de trabalho da Seção de Direito Privado, faz parte do programa Melhor Sem Tabaco, destinado a servidores e magistrados.

         A cardiologista do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Jaqueline Scholz Issa, explicou que tabagismo é doença. “Muitos indivíduos utilizam o cigarro como um amortecedor das emoções, sejam elas desagradáveis ou não. Com acompanhamento médico e uso de medicação, as chances de conseguir parar de fumar aumentam e as possíveis recaídas diminuem”, disse. A médica também mostrou que a maior incidência de doenças provocadas pelo cigarro está ligada a problemas cardiovasculares. “Em poucos dias sem o cigarro já se percebe uma melhora na capacidade física, no olfato, no paladar e na autoestima. Em dois anos de abstinência, o risco de mortalidade por doença cardiovascular cai pela metade,” concluiu.

         O coordenador de promoção à saúde da SAS, Marcelo Angotti, explicou os principais efeitos bucais do tabagismo, como doença periodontal, mau hálito, problemas de salivação, escurecimento dos dentes, câncer e lesões cancerizáveis de boca. “Em 2014, foram constatados 15.300 episódios de câncer de boca no Brasil. Na maioria dos casos, o diagnóstico precoce leva à cura total da doença”. O cirurgião-dentista também esclareceu a importância do autoexame preventivo de câncer de boca. “Procure por alterações que permaneçam na boca por mais de 15 dias, especialmente feridas, caroços, manchas, endurecimento, áreas adormecidas ou doloridas”, informou.

         O psiquiatra Fábio Shikasho falou sobre as dificuldades do fumante em largar o vício. “A maioria das pessoas começa a fumar na adolescência, motivadas por publicidade. Com a dependência, o organismo se acostuma a receber certa dose de nicotina e precisa se adaptar à ausência dessa substância. Esse período de adaptação é chamado síndrome de abstinência.” Ainda de acordo com Shikasho, a taxa de sucesso para quem quer parar de fumar sozinho não ultrapassa os 5% “O que vai ajudar são as várias formas de tratamento, como terapia, apoio e medicamentos”, finalizou.

         A advogada da Aliança Contra o Tabaco (ACT), Adriana Pereira de Carvalho, explicou que as companhias de tabaco gastam milhões de dólares a cada ano para conseguir mais fumantes e evitar que dependentes abandonem o vício. “Uma das estratégias é o uso de técnicas de publicidade para tornar os produtos de tabaco atraentes e ao mesmo tempo desviar a atenção dos consumidores da cruel realidade”, disse. 

         Ao final do encontro, os palestrantes receberam um certificado de participação do TJSP e os inscritos, esclareceram dúvidas.

 

         Melhor Sem Tabaco – O programa foi desenvolvido para prestar assistência aos que sofrem com a dependência e desejam para de fumar, estimulando a reflexão sobre o tabagismo e sua influência negativa na qualidade de vida de muitas pessoas. A programação conta com um seminário; consultas médicas para avaliar a saúde dos fumantes, especialmente quanto à presença de doenças associadas ao hábito de fumar e necessidade de medicação; e reuniões em grupos terapêuticos para estimular e encorajar o participante, com ênfase nas dificuldades individuais dos componentes do grupo.

         
Comunicação Social TJSP – AG (texto) / GD (fotos)
         
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