COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)

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Comunicado

Instituto Maria da Penha inicia campanha contra a violência doméstica em tempos de isolamento social

Vídeo alerta sobre a importância da denúncia.


A partir do decreto de quarentena instituída em todo o estado de São Paulo no dia 24 de março, milhares de mulheres vítimas de violência doméstica se viram obrigadas a conviver 24 horas por dia ao lado de seus agressores. Para alertar e conscientizar sobre o problema, que não escolhe cor, religião, nem classe social, o Instituto Maria da Penha iniciou divulgação do curta “Call”, produzido em parceria com agências de publicidade. O vídeo traz uma jovem, vítima de violência doméstica, que apresenta sinais de preocupação durante um call com a equipe de trabalho. Uma de suas colegas, ao notar seu comportamento estranho, a questiona por uma mensagem privada. Ao receber o pedido de ajuda da amiga, ela denuncia o agressor para a polícia, que vai até o apartamento da vítima. A mensagem é clara. Fique atento. Em caso de violência doméstica, denuncie. Veja o vídeo aqui.
De acordo com a cofundadora e superintendente-geral do Instituto Maria da Penha, Conceição de Maria, não existe um perfil de agressor nem de mulheres em situação de violência, o que torna a questão ainda mais complexa. Alguns indícios são o ciúme exagerado, uso de palavras agressivas e o impedimento de a parceira usar redes sociais e manter contato íntimo com amigos e familiares. “Geralmente, um dos primeiros atos do agressor é o isolamento social, e isso dificulta que a vítima tenha acesso a ajuda fora de casa. Toda essa situação de violência, que começa com a violência psicológica, vai minando a autoestima da mulher”, destaca.
Por isso é importante ficar atento aos sinais. “Todos nós podemos fazer alguma coisa. Durante essa quarentena, é importante que estejamos próximo de nossos amigos, que prestemos atenção aos sinais não verbais: uma respiração mais ofegante, preocupação aparentemente sem motivos, gritos, objetos quebrados. Em qualquer sinal de emergência, ligue 190. Combine uma palavra senha com as amigas, para que em um momento de necessidade, todas possam ser ajudadas”. Outra forma de ajudar as mulheres em situação de violência é, sempre que possível, divulgar informações e números de denúncia nas redes sociais e repassar apenas matérias de fontes seguras, para evitar as fake news. “Neste sentido, a Lei Maria da Penha foi uma grande conquista das mulheres, pois ela não é só punitiva, mas também pedagógica, fala sobre campanhas de divulgação, sobre como denunciar, sobre o que é a violência doméstica, que não é apenas uma agressão física, entre tantas outras coisas. A Lei Maria da Pena veio resgatar a cidadania da mulher brasileira”, ressalta.
As delegacias seguem abertas 24h e as vítimas de violência doméstica podem registrar Boletim de Ocorrência pela internet, através da página www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br. Na página da Defensoria Pública de São Paulo, é possível encontrar as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. Em São Paulo, os telefones para pedir ajuda são:



- (11) 3275-8000, para a Casa da Mulher Brasileira;

- 180, para a Central de Atendimento à Mulher;

- 190 (em caso de emergência), para a Polícia Militar

- 0800 773 4340 ou (11) 94220-9995 (Whatsapp), para a Defensoria Pública

OBS: Acesso aos vídeos pelo site do TJSP

http://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=61091&pagina=1

Comunicação Social TJSP – AA (texto)
imprensatj@tjsp.jus.br


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