Nutrição nos primeiros anos de vida é tema de palestra da CIJ

Pediatra Tulio Konstantyner foi o expositor. 
 
  A Coordenadoria Infância e da Juventude (CIJ) e Escola Judicial dos Servidores (EJUS), do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, sexta-feira (22), a palestra “Nutrição nos primeiros anos de vida”, com o médico Tulio Konstantyner, vice-presidente do Departamento Científico de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Mediado pela juíza da 1ª Vara da Família e Sucessões de São José do Rio Preto e integrante da CIJ, Maria Lucinda da Costa, o encontro abordou assuntos como amamentação, obesidade e deficiência de nutrientes. Antes de passar a palavra ao palestrante, a magistrada recordou e homenageou o desembargador Antonio Carlos Malheiros, primeiro coordenador da CIJ, falecido há três anos.
Tulio Konstantyner falou sobre os diversos benefícios do aleitamento materno, como nutrição, redução da mortalidade, proteção contra doenças, favorecimento no desenvolvimento e criação de vínculos afetivos. “Ele é o padrão ouro da alimentação infantil e atende perfeitamente a todas as necessidades dos lactentes até os seis meses de vida, não sendo necessário nenhum complemento nutricional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda e isso é chancelado por diversas outras organizações. O leite materno é próprio do ser humano, resultado de um aperfeiçoamento secular da sobrevivência da nossa espécie”, destacou.  
Em seguida, o médico abordou aspectos da alimentação complementar, iniciada a partir dos seis meses de idade. Ele apresentou estudos sobre a disponibilidade domiciliar de alimentos nas áreas metropolitanas brasileiras, apontando a presença cada vez maior de alimentos ultraprocessados. “Esse fenômeno faz com que residências tenham mais lanches e comidas rápidas, de alta densidade energética, maior quantidade de gordura e sal, servidos em porções gigantes e com muitas calorias, o que faz com que crianças consumam produtos de menor valor nutricional”, disse.    
Ao final, o palestrante fez um alerta sobre o crescimento da obesidade no Brasil e no mundo, ressaltando que está associada a problemas como hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes. “Temos um questionamento importante a respeito das complicações psicossociais relacionadas a crianças com obesidade: baixa autoestima, depressão e distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia. Situações que preocupam bastante os profissionais de saúde hoje em dia”, salientou. Ao final, Konstantyner respondeu perguntas enviadas pelos participantes.  
  
Comunicação Social TJSP – FS (texto) / LC (reprodução e arte)   
 
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