Desembargador Clóvis Castelo despede-se da magistratura paulista

        Após 38 anos de dedicação à magistratura, o desembargador Clóvis Castelo participou hoje (30) de sua última sessão de julgamento, antes da aposentadoria, à frente da 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM), desembargadores, servidores, amigos e familiares dele compareceram à despedida e emocionaram o momento.

        As homenagens tiveram início com as palavras do amigo e presidente da Seção de Direito Privado do TJSP, Artur Marques da Silva Filho. “A Câmara se tornou uma verdadeira família. Nós fazíamos encontros mensais e viajamos juntos. Clóvis era o moderador, corrigia os ímpetos, sempre foi muito leal, transparente e eficaz. Essa homenagem não é ao amigo que parte, mas para o amigo que fica”, disse.

        O presidente da Corte, José Renato Nalini, contou que o importante papel que Clóvis Castelo exerceu na magistratura durante esses anos é unânime no Tribunal. “Parece que foi ontem que tomamos posse aqui no Salão Nobre. Além de ter sido um magistrado exemplar, erudito, sensato, prudente e moderador, é um homem pleno de atributos. Poderíamos esgotar os sinônimos qualificativos do dicionário para dizer que ele foi um dos nossos maiores.”

        Para o vice-presidente Eros Piceli, a homenagem é merecida, sobretudo pela amizade. “Você marcou a vida de vários colegas aqui pela atenção, delicadeza e, além de tudo, por ser um grande juiz. Aposentar-se, do jeito que você se aposenta, é realmente um privilegio. Seja feliz”, concluiu.

        “Eu acredito que pessoas como o Castelo se aposentam com a sensação de dever cumprido”. Ao proferir a frase, o corregedor-geral da Justiça, Hamilton Elliot Akel, explicou que, quando se chega aos 70 anos com essa sensação, a aposentadoria é algo que traz felicidade. “É um magistrado notável que realizou um belo trabalho ao longo dessas quatro décadas. Quero saudá-lo, você mora no meu coração, estarei sempre com você.”

        Outros dois integrantes do CSM, os presidentes das Seções de Direito Público e Criminal, Ricardo Mair Anafe e Geraldo Francisco Pinheiro Franco, respectivamente, prestigiaram a homenagem. Em nome da 35ª Câmara, o desembargador Fernando Melo Bueno Filho afirmou que o amigo “deixa a magistratura paulista de cabeça erguida”.

        Comovido, o homenageado, cuja aposentadoria deverá ser publicada no Diário da Justiça Eletrônico em 1º de agosto, agradeceu as palavras dos colegas e disse que deixa a toga limpa, sem mácula e com o sentimento de dever cumprido. “Sempre fomos uma Câmara unida e procuramos fazer o melhor de nós. Primeiramente agradeço a Deus e aos meus pais, por ter me proporcionado os estudos. Fui e sou muito feliz, juntamente com minha família. Agradeço a todos os funcionários pelo respeito, amizade e dedicação, e de coração aos integrantes do Conselho, familiares e amigos que compareceram a esta cerimônia.”

 

        Trajetória – Clóvis Castelo nasceu em 1944 na cidade de Aguaí (SP) e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas, turma de 1968. Ingressou na magistratura em 1976, como juiz substituto na 37ª Circunscrição Judiciária, com sede em Andradina (posteriormente transformada na 74ª CJ, com sede em Jacareí). Atuou também em São Bernardo do Campo, Piracaia, São Caetano do Sul e São Paulo. Em 1994 foi promovido a juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo e, em 2005, a desembargador do TJSP.

 

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / AC (fotos)
        
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