Conheça o museu do Judiciário paulista

Nestas férias, uma dica para quem passeia pela região central da

Capital é visitar a sede do Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo

 

        Sediado no belíssimo Palacete Conde de Sarzedas, o Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo mantém importantes coleções relacionadas à criação e evolução do Judiciário paulista e cumpre a missão de preservar, para as novas gerações, a história da instituição e de eminentes operadores do Direito que marcaram época. 

        Logo na entrada, o visitante depara-se com um ambiente que contém a história do próprio Palacete. Ali está a sala de convivência íntima como em seu estado original. Compõem este ambiente móveis franceses do século 16 e objetos de época. O Palacete serviu, inicialmente, de residência para seu construtor, deputado Luís de Lorena, que ali viveu com Marie Louise Belanger, uma moça francesa por quem se apaixonou, 42 anos mais jovem do que ele. Daí teria surgido o apelido “Castelinho do Amor” que se arraigou pela cidade.

        Atual proprietária, a Fundação Carlos Chagas contratou o arquiteto Samuel Kruchin para o restauro do antigo casarão. Paredes foram descascadas em nove camadas de tinta, e os vitrais, restaurados na França. Em seguida, o Conpresp tombou a edificação. Em 2007, o edifício passou a abrigar o Museu, quando o Tribunal locou o prédio de 23 andares situado no mesmo terreno, onde funcionam gabinetes de trabalho dos desembargadores da Seção de Direito Privado.

        Criado em 1994 e inaugurado em 1995 (nesta época funcionava no Palácio da Justiça), o Museu tem à sua frente o desembargador Alexandre Moreira Germano (foto), que exerce a coordenadoria desde 2005. “Ressalto a relevância dos museus institucionais para preservação e reconstrução da história bandeirante.”

 

        O acervo

 

        O núcleo chamado “Evolução do Tribunal de Justiça de São Paulo” remonta à sua criação. Estão ali o primeiro processo em grau de recurso do Tribunal, todas as Constituições (das Ordenações Manuelinas até a atual), objetos comemorativos e um espaço em homenagem a Rui Barbosa.

        No núcleo “Tribunal do Júri”, o visitante encontra o processo do “Crime da Mala” e outros casos que marcaram a história de São Paulo, como o de Chico Picadinho e o “Crime do Restaurante Chinês”. Em um ambiente composto por móveis do século 19 estão expostas togas, objetos e o crucifixo mais antigo do Tribunal, datado de 1912.

        Murais que contam a importância da Revolução de 32 integram mais um núcleo, que aborda a participação do Tribunal no movimento. No núcleo sobre a abolição da escravatura está exposto o documento em que o Tribunal nomeou Luís Gama como rábula. Ex-escravo, de poucos recursos, mas ainda assim aluno presencial nas aulas da Faculdade de Direito, ele foi o primeiro rábula oficializado em São Paulo e tornou-se um dos líderes da luta pelo fim da escravidão.

        “Museu não é lugar de coisas velhas, mas de manutenção de coisas importantes”, diz a diretora do Museu, Maria Cristina Maia de Castro. 

 

        Palácio da Justiça


        No Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça de São Paulo (Praça da Sé, s/nº), há duas salas do Museu. No espaço “Desembargador Emeric Levai” está exposta coleção sobre a instalação do Tribunal da Relação de São Paulo e Paraná. Entre os objetos, a vara do juiz ordinário, símbolo máximo do magistrado, item mais antigo do acervo, datado do século 16. Já o “Espaço Cultural Poeta Paulo Bomfim” apresenta obras e objetos desse artista que é um ícone da cultura paulista e brasileira. Paulo Bomfim, conhecido como o “príncipe dos poetas”, trabalha no TJSP há mais de 40 anos e, atualmente, é chefe de gabinete da Presidência, além de decano da Academia Paulista de Letras. No mesmo espaço há, também, material sobre a Revolução de 32. A visitação é no horário de funcionamento do prédio – 12h30 às 19 horas. Faça um tour virtual pelo Museu.

 

 

        Museu do TJSP

        
        Rua Conde de Sarzedas, nº 100 – Liberdade

        De 2ª a 6ª, das 10 às 17 horas

        Visitas agendadas são acompanhadas por monitores:

        (11) 3295-5819 / 5816 / 5815
       

NR: Texto publicado originalmente no DJE de 22/1/14.

 

        Comunicação Social TJSP - DI (texto) / AC (fotos)
        imprensatj@tjsp.jus.br

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