Rede de Suprimentos - Inovação em busca de economia e eficiência
Implantação do sistema deve gerar economia de aproximadamente R$ 100 milhões ao ano
Imagine a estrutura necessária para abastecer com bens de consumo os prédios de 316 comarcas e foros distritais de todo o Estado, bem como os foros regionais e centrais da Capital. Some-se a isso o custo de logística, distribuição e armazenamento desses materiais, que demandam, ainda, enorme quantidade de servidores para execução dessas tarefas.
Para ilustrar a forma como as aquisições são feitas atualmente, a Administração de cada prédio do TJSP, após realizar pesquisa de preços e apresentar três orçamentos obrigatórios, faz a compra dos materiais indispensáveis para suprir as necessidades por determinado período. Todas as unidades do Estado procedem dessa forma, em ações paralelas, não padronizadas, estabelecendo um universo distinto em cada localidade.
Em busca de uniformização e de aperfeiçoamento dos procedimentos de compra desses materiais, a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio da Assessoria de Patrimônio e Contratos da Corte paulista, composta pelos juízes João Baptista Galhardo Júnior e Regis de Castilho Barbosa Filho, criou um projeto inovador, com potencial para implantar nova cultura dentro do Judiciário paulista, batizado de “Rede de Suprimentos”. O trabalho conta com o auxílio de diversas secretarias – Abastecimento, Administração, Orçamento e Finanças e Primeira Instância – e do Departamento de Administração das Regiões Administrativas Judiciárias (DARAJ).
O projeto consiste na centralização das compras de todas as unidades do Estado por um único sistema, disponibilizado na rede interna do TJSP. Para viabilizá-lo, o Tribunal realizou uma licitação para selecionar uma empresa, responsável por criar um sistema de registro de preços para adquirir os consumíveis pela Rede de Suprimentos, que catalogou mais de 200 itens entre materiais de escritório, produtos de higiene e descartáveis e suprimentos de informática.
A partir de sua implantação – prevista para a próxima segunda-feira (2) –, não haverá mais a necessidade de pesquisa de preços ou apresentação de orçamentos, uma vez que a empresa ganhadora da licitação fornecerá todo o material catalogado. De acordo com Regis de Castilho Barbosa Filho, juiz assessor da Presidência, o novo sistema trará uma série de benefícios. “Poderemos, com a Rede de Suprimentos, fazer um diagnóstico do consumo de todo o Estado em tempo real, gerindo melhor nossos estoques e equalizando a distribuição dos materiais. Além disso, o estoque pode ser reposto em um curto espaço de tempo, pois a empresa tem, por força do contrato, o dever de entregar os itens em até cinco dias”, explica.
Outro fator que pesa a favor da nova ferramenta é a economia gerada aos cofres públicos, pois as compras feitas em grande escala apresentam valores mais baixos do que as anteriores, realizadas de forma pulverizada. “Se considerarmos somente o preço dos suprimentos, a economia gira em torno de R$ 20 milhões por ano. Se pensarmos em toda a estrutura usada para manter o sistema antigo, como armazenamento, transporte etc., esse valor salta para a casa dos R$ 100 milhões. Além disso, poderemos realocar os servidores que realizavam essas funções em outros setores, a fim de aprimorar a prestação jurisdicional”, diz o magistrado.
A Rede de Suprimentos é apenas uma de diversas ações a serem implementadas pela Presidência, ainda nesta gestão, com o objetivo de conferir maior eficiência aos serviços prestados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. E a expectativa é das melhores, como garante Regis Barbosa: “É como se estivéssemos saindo da época da máquina de escrever para o processo digital. Esperamos aumentar a eficiência do Tribunal com a criação de um sistema de compras mais eficaz e organizado, que trará grande economia para o erário e que nos permitirá investir em outras prioridades, como a construção de prédios.”
NR: Texto originalmente publicado no DJE de 28/8/13
Comunicação Social TJSP – AM (texto) / DS (fotos)
