A Corregedoria Geral da Justiça realizou na sexta-feira (23) a entrega dos prêmios aos vencedores do 1º Concurso Literário do Tribunal de Justiça de São Paulo, idealizado pelo corregedor José Renato Nalini. Lançado no mês de junho, o concurso tinha como tema “Crônicas do Cotidiano Forense – uma perspectiva de seus colaboradores no ambiente de trabalho” e era aberto a magistrados, servidores e estagiários do TJSP, além de funcionários que exercem atividades nas delegações notariais e de registros. Ao todo, 247 trabalhos foram inscritos.

        A mesa de honra do evento, realizado no auditório da Corregedoria, no 13º andar do Fórum João Mendes Júnior, foi composta pelo corregedor; pelo decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim, e pelos integrantes da comissão julgadora do concurso, desembargador Caetano Lagrasta Neto (presidente), desembargador Antonio Vilenilson Vilar Feitosa e juízes Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira e Régis Rodrigues Bonvicino. O juiz Marcelo Semer, que não pôde comparecer, também compôs a comissão.

        O desembargador Renato Nalini aproveitou o momento para agradecer as pessoas que se inscreveram. “Independente do resultado, todos que se manifestaram não tiveram receio de colocar a alma. Porque, nos textos que escrevemos, colocamos um pouco de nossos sonhos e expectativas. É uma forma de desnudar-se”, disse.

        O presidente da comissão julgadora, desembargador Caetano Lagrasta parabenizou a iniciativa do corregedor. “Um concurso como este é algo que o Poder Judiciário não está acostumado.” O desembargador ressaltou a surpresa da comissão organizadora com os textos de servidores orgulhosos por trabalharem no Tribunal de Justiça de São Paulo. “Imaginava que este sentimento era algo que havia desaparecido, mas, graças a Deus, estava enganado”, afirmou.

        Após a entrega dos certificados e prêmios aos vencedores (veja lista ao final do texto), o funcionário do fórum de Franca, Francisco dos Reis, primeiro colocado no concurso, proferiu um discurso que emocionou a plateia. Destacou a importante iniciativa do concurso para a valorização dos servidores e falou sobre seu amor pela literatura. “Em uma frase que resume o que penso e como me sinto, eu condensei os pensamentos de meus escritores preferidos: ‘Queria apenas tentar viver aquilo que brotava instantaneamente em mim. Por que isso me era tão difícil?’ Mesmo na penumbra, na sombra do eclipse, que passa, mesmo não sendo minha alma pequena, eu prefiro navegar, por que, viver, não é preciso.”

        O poeta Paulo Bomfim encerrou o evento: “Francisco, ‘franciscanamente’, na tarde de hoje, você distribuiu o pão de Santo Antonio de seu espírito. Tocou o sentimento de todos nós. Essa Praça João Mendes, tão cheia de tradição, enche-se de mais beleza e emoção graças aos premiados”.

        Os vencedores do concurso foram:

        1º lugar: Francisco dos Reis Aparecido da Conceição, funcionário do Ofício do Júri, Execuções Criminais e da Infância e da Juventude da Comarca de Franca, com o texto “Ação Penal 100/2003 – Crime do Júri”;

        2º lugar: Vinícius Romero Fernandes, funcionário da Seção Administrativa de Distribuição de Mandados da Comarca de Santo André, com o texto “Fauna Maravilhosa”;

        3º lugar: Claudia Felipe da Silva, funcionária da Seção de Distribuição da Comarca de Serra Negra, com o texto “Cotidiano e Justiça: Reflexões sobre o acervo do Judiciário”;

        Menção honrosa: Evandro José Issao Tanaka, funcionário do Juizado Especial Cível da Comarca de Santa Cruz do Rio Pardo, com o texto “O posto Ipiranga”;

        Menção honrosa: Benedito Francisco Fernandes, funcionário do 3º Ofício da Comarca de Taquaritinga, com o texto “O bebê ficha limpa”.

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / GD (fotos)    
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