Paulo Dias de Moura Ribeiro, integrante do 6º Grupo de Câmaras e da 11ª Câmara de Direito Privado, participou ontem (15) de sua última sessão como desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. No próximo dia 28, às 18 horas, assumirá o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O desembargador foi indicado para a cadeira destinada a juiz estadual aberta com a aposentadoria do ministro Massami Uyeda. A nomeação, feita pela presidenta Dilma Rousseff, foi publicada no Diário Oficial da União de 30 de julho.

        Em sua despedida, Moura Ribeiro foi homenageado pelos integrantes da Câmara que destacaram suas qualidades: “juiz sempre preocupado em fazer a justiça ser efetivamente um equilíbrio entre a pretensão e a prestação; colega exemplar sempre ligado aos deveres inerentes ao exercício da magistratura; amigo de todas as horas sempre capaz de rir com o nosso riso e de chorar com as nossas lágrimas; pai sempre devotado e provedor da felicidade de sua família".

        O presidente do TJSP, desembargador Ivan Sartori, também participou da homenagem e destacou a ótima escolha feita pelo TJSP e pelo STJ, ressaltando a capacidade de se tornar um excelente ministro e de coroar o trabalho do Tribunal de Justiça. "Paulo seja feliz!"

        Em discurso emocionado, Moura Ribeiro saudou todos os presentes e os funcionários em nome da diretora do cartório, Ana Carolina de Souza Umbelino, e da escrevente que o acompanha desde a sua posse no Tribunal, Roseli Dantas Holdschip. O desembargador disse que tudo o que tem, deve à Magistratura. "Aqui, se tem um grande e preocupante trabalho diário. Corre-se muito para atender dignamente o jurisdicionado na tarefa da distribuição da justiça. Dorme-se pouco muitas vezes com casos que não saem das nossas cabeças", declarou.

        E se despediu do Tribunal paulista dizendo: "Vivi nesta Câmara, na Magistratura Paulista e nas salas de aula a verdadeira viagem do descobrimento, que não é a de conhecer novos lugares, mas a de descobrir novos olhos. Novos olhos que a Magistratura Paulista sempre teve e terá porque está atenta às mudanças sociais reclamadas, que são justas, mas não se compraz com a baderna desnorteada, sem objetivo, que traz a ruína do patrimônio público e particular, porque isso não é inerente ao comportamento sério, mas gentil, do povo brasileiro".

        Paulo Dias de Moura Ribeiro é graduado em direito pela Faculdade Católica de Direito de Santos (1976). Concluiu pós-graduação lato sensu pela Universidade de Guarulhos (2010), mestrado e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É diretor do curso de Direito e professor titular da Universidade Guarulhos e de Direito Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo; membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Direito Civil Constitucional e Relações de Consumo e participa ocasionalmente de atividades na Escola Superior de Advocacia da OAB/SP, núcleo Santo Amaro.

        Comunicação Social TJSP – LV (texto) / DS (fotos)
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