Comunicação Social

Notícia

II Seminário Intersetorial NUPSI-USP é realizado no Fórum João Mendes Jr.

        A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Escola Paulista da Magistratura (EPM) e o Núcleo de Psicopatologia, Políticas Públicas de Saúde Mental e Ações Comunicativas em Saúde Pública (NUPSI, entidade vinculada à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo), promoveram hoje (5) o II Seminário Intersetorial NUPSI-USP, que discutiu o tema As Invenções Democráticas Diante do Sistema de Justiça. O evento aconteceu na Sala do Servidor, no 16º andar do Fórum João Mendes Jr., e teve como público-alvo operadores do Direito, professores, assistentes sociais, psicólogos e interessados no assunto.

        A abertura foi realizada pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude do Fórum Regional VI – Penha, Paulo Roberto Fadigas Cesar, que representou o coordenador da CIJ, desembargador Antonio Carlos Malheiros. “É com muita satisfação que o Tribunal de Justiça de São Paulo pode acolher o II Seminário Intersetorial, que reúne autoridades de vários setores e que discutirá invenções democráticas. O evento conta com cerca de 400 inscritos, e muitos nos acompanham também pelo método de Ensino a Distância (EAD)”, afirmou.

        A professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e coordenadora do NUPSI-USP, Sonia Maria Portella Kruppa, falou um pouco sobre a missão do NUPSI, como a de intervir na sociedade ao propor psicopatologia (estudo dos estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental para a saúde pública). O diretor da EPM, desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, enfatizou que “é a oportunidade que efetivamente temos de nos unirmos e a EPM tem a função multidisciplinar para discutir e procurar nichos de políticas públicas na educação, saúde, urbanismo e em tantos outros setores para a eficácia ao nosso público-alvo: a sociedade”.

        A primeira mesa, presidida pelo juiz Paulo Fadigas, foi composta pelo doutor e pós-doutorando pelo Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo e membro do Grupo de Estudos Espinosanos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, André Menezes Rocha, que falou sobre Democracia e Política de Direitos Humanos. Depois foi a vez do psicanalista, mestre em Psicologia Clínica e doutorando pelo Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP, José Eduardo Assunção Azevedo, que tratou do tema Justiça Restaurativa e Psicopatologia para Saúde Pública. O coordenador nacional do Setorial de Cooperativismo Social da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (UNISOL Brasil), diretor da Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) e coordenador da Rede Estadual de Saúde ECOSOL, Leonardo Pinho, falou sobre Economia Solidária. Para finalizar o primeiro bloco, o professor de Direitos Humanos e Infância e Juventude da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, promotor de Justiça e assessor técnico de Gabinete na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Eduardo Dias de Souza Ferreira, explicou sobre Os Conselhos Sociais e o Sistema de Justiça.

        A segunda parte do encontro contou com mesa de debates, conduzida pelo membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, pós-doutor pelo Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da USP e idealizador do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública e do NUPSI-USP, David Calderoni. Também compuseram a mesa Alvino Augusto de Sá, livre docente em Criminologia pela Faculdade de Direito da USP, e o psicólogo agente da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e especializando em Psicopatologia e Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP, professor Vilmar Douglas de Souza Pimenta.

        De acordo com o NUPSI-USP, “as Invenções Democráticas constituem a junção de vários movimentos surgidos em setores distintos e que, depois de evoluírem cada um a seu modo, descobriram que tinham princípios comuns, o que abre a possibilidade de que tenham efeitos sobre a sociedade que sejam complementares. Esses movimentos são: a educação democrática, que responde pelo direito à instrução; a economia solidária, que rompe paradigmas das relações de trabalho; a justiça restaurativa, que é o acesso a reparações jurídicas centradas na compreensão e na superação das causas da violência obtidas no processo de diálogo em torno do ofensor e do ofendido; a psicopatologia para a saúde pública e a filosofia espinosana, interpretação conjunta das relações solidárias entre corpo e mente”.

        O I Seminário Intersetorial NUPSI-USP ocorreu em junho do ano passado e tratou do tema Invenções Democráticas frente aos Desafios do Precariado: o Encontro da Renda Básica com a Economia Solidária, realizado na Faculdade de Saúde Pública da USP.

 

        Comunicação Social TJSP – HS (texto) / GD (fotos)
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