Candidatos à presidência do TJSP debatem com sociedade

O Fórum da Cidadania Contra a Violência realizou hoje (29/11), com o apoio da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça, um debate dos candidatos à Presidência do TJSP, com a presença do presidente, desembargador Celso Limongi, no auditório da Bolsa de Valores de São Paulo, centro da capital.
Participaram do encontro os desembargadores Vallim Bellochi e Ruy Pereira Camilo. Juntamente com o desembargador Jarbas Mazzoni, ausente por motivos de saúde, eles são candidatos a presidente, vice e corregedor geral de Justiça. A platéia foi composta de desembargadores, juízes, empresários e representantes de entidades civis com atuação na área da Infância e da Juventude, tema do debate.
Mediado pelo ex-ministro da Justiça e hoje presidente da Comissão de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, José Gregori, este foi o primeiro encontro de candidatos à direção do Tribunal de Justiça com representantes da sociedade civil organizada.
O mediador do evento salientou seu ineditismo com contundência no início dos trabalhos. “Hoje vivemos uma manhã histórica, impensável há alguns anos”, afirmou Gregori. Em suas palavras, o presidente do TJSP reiterou que “a sociedade, orgulhosa de seus grandes feitos, é também responsável por suas misérias”. Uma delas, no seu entender, a delinqüência juvenil.
Apesar do tema específico do encontro, além do enfoque jurídico da questão da Infância e da Juventude, bem como da aplicação de penas alternativas, a insuficiência do orçamento, as tele-audiências, a gestão profissional do Judiciário e a morosidade na tramitação dos processos também foram abordados.
 Os dois candidatos salientaram as dificuldades impostas pelos reiterados cortes no orçamento, defenderam a gestão profissional do Tribunal de Justiça e concordaram com a realização das tele-audiências, apesar da polêmica que a medida tem gerado, inclusive com questionamentos legais no Supremo Tribunal Federal.
Vallim Bellochi afirmou que, caso seja eleito presidente do TJSP, pretende implantar a idéia da participação da sociedade em sua administração. Ele criticou os cortes no orçamento, dizendo que os mesmos “tolhem nossas mãos e matam nossos anseios”, além de dificultar o equacionamento da dívida do Tribunal com seus servidores.
Para Ruy Camilo, o Judiciário é o mais democrático dos três poderes, pois é o de mais fácil acesso para a sociedade. “É nossa missão, também, lutar pelo bem estar da pessoa humana”, disse ele, para quem este objetivo pode ser buscado com a agilização dos processos, por meio de mutirões de julgamentos e do fomento à conciliação.                

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