TJSP reúne servidores para expansão de recursos de acessibilidade no Office 365

Comissão de Acessibilidade promoveu encontros.

 

        O projeto Workshop TJSP 365, com início em maio, buscou oferecer informações aos servidores e magistrados paulistas sobre os recursos do Office 365 e o potencial que o uso das tecnologias que a ferramenta oferece tem de transformar a forma de trabalho, influenciando positivamente na rotina e na produtividade dos usuários. As diversas ondas de workshops, que foram divididas em séries, aconteceram nas modalidades presencial e a distância (EAD) nas dez Regiões Administrativas Judiciárias (RAJs). Com encontros preparados para os diferentes perfis de uso, as dicas foram oferecidas de acordo com as atividades desenvolvidas pelos participantes.

        A partir de encontros com os integrantes da Comissão de Acessibilidade do TJSP, surgiu o projeto Adoção com Acessibilidade TJSP 365, voltado especificamente à expansão dos recursos tecnológicos de acessibilidade e ao empoderamento das equipes de trabalho. Para tanto, foram realizados encontros com grupos de servidores com deficiências com o objetivo de aprofundar o conhecimento e o manuseio das funcionalidades específicas que a ferramenta já dispõe e, também, investigar quais outras poderiam ser desenvolvidas. “Quando pensamos em como executar esses encontros, não poderíamos deixar de convidar os servidores com deficiência e envolvê-los diretamente no projeto. Não dava para trazer uma tecnologia sem entender o modo de trabalho deles e como podemos instruir todos os servidores – com e sem deficiência – sobre como utilizarmos os recursos que o Office 365 traz de maneira realmente eficaz e acessível a todos”, explica a juíza Paula Lopes Gomes, assessora da Presidência na área de Tecnologia, Gestão e Contratos (TGC) e participante da Comissão de Acessibilidade.

        A magistrada Ana Claudia Dabus Guimarães e Souza de Miguel, também assessora da Presidência (Recursos Humanos) e atuante na Comissão, concorda com a colega. “Essa é uma oportunidade única no nosso Tribunal. Representa uma maior abertura no sentido da inclusão e de podermos construir juntos esses caminhos para a acessibilidade.”

 

        Projeto em ação

        Em setembro, o projeto saiu do papel para a prática e se iniciou a primeira fase do plano de ação: reuniões com a Comissão para definir as estratégias e metas relativas à acessibilidade. Juízes e representantes da área de Tecnologia do TJSP, equipes da Microsoft (engenheiros de campo, gerentes e consultores) e funcionários com deficiência se reuniram em três ocasiões diferentes. No dia 1º de outubro, vieram os servidores com deficiência física ou motora; no dia seguinte, os com deficiência visual e baixa visão; e no terceiro e último encontro, os que têm deficiência auditiva parcial ou total. Os servidores abriram os sistemas e aplicativos para que os técnicos sentissem os pontos de dificuldade de cada aplicativo e cada deficiência.

        Também novos desafios foram apresentados. Os servidores com deficiência motora, física e visual, por exemplo, argumentaram que as teclas de atalho são grandes aliadas na rotina de trabalho. Para os que têm deficiência auditiva, a legenda nos programas é essencial. Para os que têm deficiência visual, há mais necessidades de adaptações do que para os demais, então eles aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas e oferecer seus conhecimentos.

        “Foi muito bom participar desse momento e ter a oportunidade de ser ouvido, de falar do que precisamos e como podemos ajudar”, diz o escrevente André Xavier, que tem má-formação nos membros superiores e trabalha na administração geral do Foro de Itaquera.

        Para o chefe de seção Alexandre Além de André, o sistema de legenda ativada por meio da fala foi surpreendente. “Se tivermos esta ferramenta nos aplicativos e sistemas no dia a dia, vai ser fantástico. Para mim, vai ajudar até nos exercícios de reaprendizado das palavras que preciso fazer devido ao aparelho auditivo que implantei recentemente.”

        Já para a estenotipista Angélica Cardoso Gama, que tem deficiência visual, os encontros vão além da garantia de uma rotina de trabalho mais fácil e produtiva. “Para nós, poder fazer coisas simples sem depender de outras pessoas guiando nossa navegação significa plena autonomia.”

        Ainda outros sete servidores participaram dos encontros: Vinicius de Carvalho Silva, Alexandre Dias da Silva, Danilo Oliveira Freire, Carlos Renato Silva dos Reis, Esmeralda Luana Wonke Scopesi, Marina Alonso Guimarães, Danilo Roberto de Souza e Marina Gouvea Pola Baptista.

        A líder da empresa FunctionOne (F1), Ligia Rodrigues Pessoa, que atuou como parceria da Microsoft no projeto de adoção de tecnologia acessível, comemorou a conclusão dos encontros. “Nosso trabalho é gerar uma comunicação e conhecimento para todos, porque a acessibilidade é para todos.”

        A conclusão da série de encontros é que as necessidades são distintas para cada deficiência. Diante de tanta pluralidade, o entendimento pacífico foi que quando a instituição se coloca no lugar do servidor com deficiência o trunfo é da acessibilidade. Nos três workshops a palavra-chave mais usada pelas pessoas – com e sem deficiência – para definir o projeto foi “empatia”.

 

        Próximos passos

        Com base nos resultados desses primeiros encontros, já foi iniciada a preparação das etapas seguintes, que são: ATIVAÇÃO, workshops para influenciadores e multiplicadores; COMUNICAÇÃO, envio da campanha para todos os servidores via e-mail marketing e outras comunicações; CAPACITAÇÃO, workshops e vídeo-aulas presenciais e EAD; e SUSTENTAÇÃO, criação de grupo no Teams para discussões, trocas de ideias e solução de dúvidas. Em todos os estágios, o foco exclusivo é acessibilidade e inclusão de todos e para todos. Para isso, a participação e o envolvimento de magistrados e servidores do TJSP é fundamental. Envolva-se!

 

        N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 16/10/19.

 

        Comunicação Social TJSP — TM (texto) / PS e KS (fotos) / MC (arte)

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