Dia Mundial sem Carro: Bicicletários do TJSP contribuem para mobilidade urbana

Estímulo à adoção de meios de transporte alternativos.

 

        No ano de 1997, ativistas franceses criaram o Dia Mundial sem Carro, comemorado no próximo dia 22, como uma forma de suscitar a reflexão sobre o uso excessivo do carro e propor que as pessoas revejam a dependência por veículos automotores. Por meio de atividades como bicicletadas – passeios em grupos de ciclistas – e ações de defesa ao meio ambiente, a data foi ganhando adesões e se espalhou pelo mundo, chegando em São Paulo no ano de 2003.

        O Tribunal de Justiça de São Paulo, ciente de sua responsabilidade socioambiental como instituição pública, busca estimular o consumo consciente de recursos naturais e bens públicos por meio de campanhas e programas. Entre elas, está a instalação de bicicletários em alguns prédios da Corte no Estado. O uso de meios de transporte alternativos, como as bikes, evitam o congestionamento em horários de pico, ocupam menos espaço da cidade, beneficiam o fluxo de pessoas e contribuem para a diminuição da emissão de gases nocivos ao ambiente, além de serem um potente exercício físico. Atualmente, alguns prédios do TJSP contam com estacionamentos de bicicletas para servidores e magistrados, como é o caso do Fórum João Mendes Júnior, Pátio do Colégio, Centro Administrativo (Consolação), Prédio Administrativo (Gráfica e Oficinas), Direito Privado Conselheiro Furtado, Praça do Patriarca e a garagem Conde de Sarzedas, sendo os dois primeiros equipados com vestiários e duchas.

        A assistente jurídica Paula Di Giacomo utiliza o bicicletário do Fórum João Mendes desde sua inauguração, em 2015. Ela alterna dias em que circula de bicicleta com dias em que se desloca via transporte público. “Moro perto da Avenida Paulista e pego a ciclovia para chegar ao João Mendes. Seja qual for o meio de transporte, demoro 25 minutos, mas vir de bicicleta é muito mais agradável”, comenta. Para ela, a estrutura montada no fórum – bicicletário com espaço para mais de 20 bikes, vestiários feminino e masculino, e controle de entrada via carteirinha de identificação – estimula a prática entre os servidores. “O vestiário é ótimo, sempre está limpo. Tudo funciona adequadamente, o espaço é bem cuidado e grande”, aponta.

        Nas comarcas do interior, a prática também é comum. O escrevente técnico judiciário Felipe Machado Novais, lotado na Unidade de Processamento Judicial – 1ª a 3ª Varas de Família e Sucessões da Comarca de Sorocaba, conta que desde que assumiu as funções, em fevereiro deste ano, percorre 24 km por dia nos trajetos de ida e volta. Sorocaba é uma das cidades com o maior número de ciclovias e tem um plano cicloviário de mais de 120 quilômetros que ligam bairros de todos os pontos. “Uma cidade com ciclovias incentiva as pessoas. O carro predomina aqui, claro, mas tem bastante gente pedalando. Só no prédio que eu trabalho, cerca de dez pessoas fazem o trajeto de bike. À medida que você começa a pedalar diariamente, seu corpo fortalece”, conta o servidor. No Fórum de Sorocaba, os servidores guardam as bicicletas no estacionamento interno do prédio para mantê-las em segurança.

        Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a bicicleta é o transporte mais sustentável do planeta. No Brasil, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que o país possui mais bikes do que carros – são 50 milhões contra 41 milhões. Apesar disso, apenas 7% dos brasileiros usam a bicicleta como principal veículo de deslocamento. Um estudo – parceria da Aliança Bike e o Labmob (Laboratório de Mobilidade Sustentável, da UFRJ) – intitulado “Economia da Bicicleta no Brasil”, de 2018, mostrou que cada pessoa que utiliza bicicleta no lugar do carro como meio de transporte principal deixa de emitir 4,4 kg de gás carbônico (CO2) por ano. O mesmo laboratório, desta vez em parceria com a associação Transporte Ativo, organizou a “Pesquisa Nacional sobre o Perfil do Ciclista Brasileiro”. Os maiores problemas apontados foram a falta de segurança no trânsito (42,2%) e a falta de infraestrutura adequada (38,8%). Em São Paulo, a faixa etária mais comum dos ciclistas é de 25 a 34 anos (29,8%) e de 35 a 44 anos (28%).

 

        Social TJSP – AA (texto) / Internet (foto)

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